10 de set. de 2008

Tsar (RDS-220)





Tsar Bomba (ou Царь-бомба, em russo, literalmente "Bomba-Tsar"), é o nome ocidental da RDS-220, a mais potente arma nuclear já detonada. Desenvolvido pela União Soviética, a bomba de 57 megatons (equivalente a 57 milhões de toneladas de dinamite) levava o nome-código de “Ivan”, (em russo: Иван), dado pelos seus desenvolvedores.
A bomba foi testada em 30 de outubro de 1961, em Nova Zembla, uma ilha no oceano Ártico. O dispositivo foi reduzido de seu design original de 100 megatons para minimizar a escala de destruição.
Devido ao seu enorme tamanho a bomba não era prática para propósitos de guerra, e foi criada primariamente para ser usada como propaganda na Guerra Fria. Não há evidências de que nenhuma outra bomba de poder similar tenha sido feita. ORIGENS:
O premiê soviético Nikita Khrushchov, líder da União Soviética depois da morte de Stalin, começou o projeto em 10 de Julho de 1961, requisitando que os testes fossem realizados em Outubro do mesmo ano, enquanto o 22º Congresso do PCUS (Partido Comunista da União Soviética) ainda estava em sessão. Este prazo de 15 semanas foi alcançado porque os componentes nucleares necessários já estavam todos à sua disposição.
O termo "Tsar Bomba" remete para a histórica prática russa de construir objetos incrivelmente grandes para mostrar poder. Exemplos incluem o Grande Sino (Tsar Kolokol), o maior canhão do mundo (Tsar Pushka) e o incrível Tsar Tank. Apesar de a bomba ter sido taxada com este nome pelo ocidente, o mesmo acabou sendo amplamente utilizado na futura Rússia.
Com o nome-código de "Ivan" durante o seu desenvolvimento, a Tsar Bomba não foi feita para o uso bélico prático. Khrushchov deu o parecer final para o teste em um momento de grande tensão: o primeiro muro de Berlim havia sido levantado em agosto de 1961. E mais ainda: a União Soviética havia recentemente encerrado uma moratória de testes nucleares (que durou por aproximadamente três anos), e estava próxima de levar armas para Cuba, o que acabaria levando à chamada Crise dos Mísseis.
Com a palavra na Assembleia Geral das Nações Unidas sobre o teste, Khrushchev usou em seu idioma o termo "mostrar a alguém a mãe de Kuzka", que quer dizer "punir". Por causa disso, às vezes a bomba é chamada na Rússia de "'A Mãe de Kuzka's' (Кузькина мать).
Design:
“Tsar Bomba” era uma bomba de hidrogênio de estágios múltiplos com uma potência em torno de 50 megatons (Mt). [2] Tal capacidade de destruição equivalia a todos os explosivos usados na Segunda Guerra Mundial multiplicados por dez. [3] O design inicial trifásico (fissão-fusão-fissão) era capaz de liberar aproximadamente 100 Mt, mas o resultado seria um excesso de resíduos e partículas radioativas liberadas na atmosfera. Para limitar os efeitos dos resíduos radioativos, o terceiro estágio, que consistia de uma couraça para a fissão de Urânio 238 (o que ampliava muito a reação, fissionando átomos de urânio com neutrons mais rápidos da reação da fusão anterior), foi trocado por uma de chumbo. Isso eliminou a rápida fissão dos nêutrons resultantes da fusão (estágio 2), de forma que 97% do total da energia seria resultado apenas do estágio de fusão. Houve forte incentivo para a redução de potência; já que a maioria dos resíduos radioativos resultantes do teste da bomba acabaria chegando ao próprio território soviético.
Os componentes da bomba foram desenvolvidos por uma equipe de físicos, liderada por Julii Borisovich Khariton, que incluia Andrei Sakharov, Victor Adamsky, Yuri Babayev, Yuri Smirnov, e Yuri Trutnev. Logo após a detonação da Tsar Bomba Sakharov começou a fazer uma campanha contra as armas nucleares, o que levou a sua dissidência.
O Teste:
A Tsar Bomba foi levada ao campo de teste por um especialmente modificado avião bombardeiro Tu-95 que levantou vôo de uma base aérea na península de Kola, pilotado pelo Major Andrei E. Durnotsev. O bombardeiro foi acompanhado de um avião de observação Tu-16, que coletou amostras do ar e filmou o teste. Ambos os aviões foram pintados com uma tinta reflexiva especial de cor branca para limitar os danos causados pelo calor gerado pelo teste.
A bomba, pesando 27 toneladas, era tão grande (8 metros de comprimento por 2 metros de diâmetro) que as portas de lançamento e os tanques de combustível das asas do Tu-95 tiveram de ser removidos. Ela foi presa a um pára-quedas de retardo de queda que pesava mais de 800 quilos, o que dava a ambos os aviões a possibilidade de voar para pelo menos 45 km de distância do ponto zero de detonação. Se houvesse uma falha nesse retardo, a bomba ou teria atingido a sua altitude de detonação mais rápido do que o previsto tornando o teste uma missão suicida para os aviões, ou atingiria o solo a uma velocidade alta demais com resultados imprevisíveis. Os EUA também equiparam algumas de suas bombas com pára-quedas de retardo pelas mesmas razões.
A Tsar Bomba foi detonada às 11h32, aproximadamente 73.85° N 54.50° E [4] sobre o campo de testes na Baía de Mityushikha, ao norte do Círculo polar ártico na ilha de Nova Zembla. Ela foi lançada de uma altitude de 10.500 metros, e programada para detonar a 4.000 metros acima da superfície terrestre (4.200 metros acima do nível do mar) por sensores barométricos.
Os Estados Unidos estimaram na época que a potência gerada pela bomba era de 57 Mt, mas desde 1991 todas as fontes Russas atestam que era de "apenas" 50 Mt. Khrushchev chegou a avisar durante um discurso (gravado em vídeo) o Parlamento Comunista sobre a existência da bomba de 100 megatons.
A bola de fogo gerada pela explosão tocou o solo e quase alcançou a mesma altitude do avião bombardeiro, podendo ser vista a mais de 1.000 km de distância. O calor gerado poderia causar queimadura de 3º Grau em uma pessoa que estivesse a 100 km de distância. A nuvem em forma de cogumelo que se seguiu chegou a 60 km de altura e algo em torno de 35 km de largura. A explosão pôde ser vista e também sentida na Finlândia, tendo até mesmo quebrado algumas janelas por lá. O deslocamento de ar causou danos diretos até a 1.000 km de distância.
A pressão da explosão abaixo do ponto de detonação foi de 300 PSI, seis vezes a pressão de pico experimentada em Hiroshima. Um participante no teste viu um flash brilhante através dos óculos escuros de proteção e sentiu os efeitos de um pulso térmico mesmo a uma distância de 270 quilômetros.
Já que 50 Mt é igual a 2.1×1017joules, a média de força gerada durante todo o processo fissão-fusão (que durou cerca de 3.9×10-8segundos ou 39 nanosegundos) seria estimada em 5.3×1024watts ou 5.3 yottawatts. Isso é o equivalente aproximado de 1% da energia que o Sol libera durante a mesma fração de segundo. A maior arma construída pelos EUA, agora desativada B41, tinha uma força máxima estimada de 25 Mt, sendo a maior bomba nuclear já testada pelos EUA (Castle Bravo) gerou 15 Mt.
Análise:
O peso e o tamanho da Tsar Bomba limitaram o alcance e a velocidade do bombardeiro especialmente modificado que a carregava, o que a tornou impossível de ser carregada por um ICBM (Intercontinental Ballistic Missile). Muito de sua alta potência era ineficientemente irradiada pelo espaço. Foi estimado que, se detonada no seu design original de 100 Mt, o montante de resíduos radioativos seria correspondente a 25% de toda a radiação emitida na terra desde a invenção das armas nucleares. [5] Os soviéticos chegaram à conclusão de que um teste de tamanha potência criaria uma catástrofe nuclear e tinham a certeza de que o avião bombardeiro que a lançasse não alcançaria um lugar seguro após a detonação.
A Tsar Bomba foi a culminação de uma série de armas termonucleares de alta potência desenvolvidas pela URSS e pelos EUA durante a década de 50. Tais bombas foram desenvolvidas porque:
As bombas nucleares daquela época eram grandes e pesadas, independente da potência, e só podiam ser lançadas por bombardeiros estratégicos.
Temia-se que muitos, se não a maioria, dos bombardeiros falhassem em alcançar os alvos, já que seu tamanho e velocidade tornavam a detecção e interceptação uma coisa fácil. Portanto, maximizar o poder de ataque carregado por um único bombardeiro era vital.
Ambos os lados não tinham conhecimento preciso da localização das fábricas militares e industriais do inimigo, uma bomba lançada sem recursos de Global Positioning Systems (GPS) erraria facilmente o seu alvo em 5 km ou mais. E o retardamento da queda pelo pára-quedas só piorava esse ineficiência.
Tais bombas foram desenvolvidas para dizimar grandes cidades inteiras mesmo que lançadas entre 5 a 10 km do seu centro. Com esse objetivo chegava-se à conclusão de que potência e efetividade estavam diretamente ligadas, pelo menos até certo ponto. Mas com o advento dos ICBMs e sua precisão de 500 metros ou até mais, bombas guiadas a laser e o GPS estas armas acabaram por tornarem-se obsoletas. As armas nucleares subsequentes, nas décadas de 60 e 70, tiveram como foco a precisão, miniaturização e segurança em detrimento da potência.
Relatos:
Devido a sua potência houve diversos relatos sobre a Tsar Bomba. Um operador de câmera registrou:

"As nuvens a uma grande distância abaixo e acima do avião foram iluminados pelo clarão da bola de fogo e por um instante tornaram-se transparentes. A propagação da luz incandescente sobre o mar era algo impressionante. Nesse momento nosso avião emergiu do meio de uma camada de nuvens e pudemos observar uma gigantesca esfera de fogo brilhante e alaranjada rolando em direção ao céu."
"A esfera era tão poderosa e tão arrogante como Júpiter."


"Lenta e silenciosamente rastejou para cima..."

"E fundindo-se a camadas mais grossas de nuvens, continuou a subir e a crescer. Parecia sugar toda a terra nele. O espetáculo foi fantástico, irreal, sobrenatural."'

Um outro observador, mais distante, descreveu o que testemunhou da seguinte forma:

"Um gigantesco clarão sobre o horizonte, e após um longo período de tempo ouvi um sopro distante e pesado, como se a terra tivesse sido morta."

Uma outra testemunha relata:

"A neve derreteu, as bordas e os lados das rochas ficaram brilhantes como se tivessem sido lapidadas, não há um traço desigual sequer..."

Little Boy






A bomba usada contra Hiroshima foi designada de «Little Boy». O nome escolhido deve-se à configuração da bomba atómica, que foi usada pela primeira vez contra alvos humanos. A bomba transportava 60 quilos de Urânio 235. Comprimento: quase 3 metros Peso: cerca 4 toneladas Diâmetro: 71 centímetros Elemento: Urânio 235


Estudos sobre a devastação provocada pela bomba levam a calcular que a energia libertada corresponda a cerca de 15 mil toneladas de TNT. Num raio de três quilómetros foi a devastação total. Tudo ficou destruído. Tudo ficou queimado. Uma onda de calor intenso, emitia raios térmicos, como a radiação ultravioleta. A temperatura no chão atingiu os 5,000°C. Pessoas foram pulverizadas instantaneamente, estruturas de metal derreteram, prédios desapareceram. A bomba foi transportada por um bombardeiro B-29, o Enola Gay e demorou cerca de um minuto a atingir o alvo. A explosão ocorreu a cerca de 2 mil pés acima do prédio que hoje é chamado «a cúpula da bomba atómica». Três dias depois, uma outra bomba atómica, a «Fat Man» foi lançada sobre Nagasaki.


II Guerra Mundial (Companhia de Heróis)

O 506º Regimento de Infantaria Pará-quedista é um regimento americano de infantaria pára-quedista voluntária, parte da divisão 101ª Divisão Aerotransportada, criado pouco depois dos Estados Unidos entrarem na II Guerra Mundial.
O regimento continha nove companhias, entre as mais famosas a "Able", a "Backer", a "Dog", a "Easy", a "Fox", entre outras.
Seus combatentes foram treinados no Campo Tocooa, na Geórgia, seu comandante era o coronel Sink.
O primeiro combate que participaram foi na madrugada de 6 de junho de 1944, no famoso Dia D, o seu objetivo era aterrar na Normandia atrás das linhas inimigas, tomar uma bateria de canhões em Sainte-Marie-du-Mont, proteger as saídas sul da praia Utah, as norte de Omaha e tomar a cidade de Carentan. Seus objetivos foram completados, apesar dos erros de aterragem devido a alta concentração de armas antiaéreas nazistas na região.
Depois que os exércitos aliados libertaram a França, o regimento foi designado para fazer uma ruptura nas linhas de defesa alemãs concentradas na Holanda, eles teriam de fazer uma brecha de Eindhoven até Arnhen, para que os blindados britânicos pudessem prosseguir, a operação ficou conhecida como Market Garden.
Mas quando os jovens pára-quedistas alcançaram a cidade, encontraram muita resistência, e tiveram de retroceder, a operação falhara. Após a derrota, os exércitos aliados conseguiram ocupar a região da Bélgica e da Holanda, e no inverno 16 de dezembro de 1944, os exércitos alemães realizaram uma contra ofensiva na Bélgica, na floresta das Ardenas, no primeiro dia avançaram cerca de 80 km. nas linhas de defesas aliadas. Havia uma cidade chamada Bastogne, era o entroncamento chave para as Ardennes, os alemães queriam tomá-la, a divisão que a defendia foi rechaçada, então a 101st Airborne e o regimento 506 foram designados para defender a cidade crucial para a batalha. A divisão ficou cercada, sem comida, sem munição e sem hospitais, mas resistiram até a chegada dos blindados, após isso tiveram de expulsar os alemães da Bélgica. E o fizeram.
Depois invadiram o norte da Alemanha, tomaram o "ninho da águia" de Hitler e acamparam nessa região até o fim da guerra.
O regimento ficou famoso pelos atos de coragem realizados por seus integrantes, como em casos não registrados em que soldados escalaram tanques alemães e jogara granadas dentro deles, a companhia que mais se destacou na segunda guerra foi a "Easy" sob o comando de Richard Winters, seus soldados foram os mais condecorados do regimento, a companhia "Easy" foi conhecida também como "a companhia de heróis".
Após a segunda grande guerra, participaram da Guerra do Vietnã, Guerra do Golfo, e em 2004 na Guerra do Iraque.

Bem Vindos!!!!!!!!!!!!!

Ola caros amigos sou Chelder!!!
Neste Blog Irei postar vários assuntos, todos variados.
Estou sujeito a dicas e a sugestões, claro também a críticas desde que haja respeito a opiniões divergentes.


Valeu e boa leitura...