Sistema Reprodutor.
Reprodução assexuada não envolve trocas de gametas entre os indivíduos e os organismos formados são geneticamente idênticos ao organismo que os gerou. Caso ocorra uma mutação no DNA, estes organismos apresentarão diferenças em relação ao progenitor. Existem vários tipos de reprodução assexuada: divisão binária, brotamento, regeneração e esporulação.
Divisão binária, bipartição ou cissiparidade·.
Este tipo de reprodução é o processo em que uma célula se divide em duas, por mitose, e origina duas células geneticamente idênticas. Encontramos este tipo de reprodução em bactérias e protozoários.
Brotamento ou gemiparidade
Neste tipo de reprodução um broto se desenvolve no indivíduo e após um tempo se desprende, passando a ter uma vida independente. Podemos citar como exemplos de organismos que se reproduzem por brotamento os fungos, as hidras, as esponjas e até certas plantas.
Regeneração
Alguns organismos possuem uma capacidade de regeneração muito grande. Quando algum fragmento é retirado, ao encontrar condições ideais de sobrevivência, pode se regenerar e dar origem a um novo indivíduo. Isto pode acontecer nas planárias, esponjas e algumas plantas.Algumas partes de certas plantas, ao serem destacadas e implantadas no solo, ou imersas em água, desenvolvem raízes e dão origem a novas plantas. Esta prática e chamada de estaquia e é muito utilizada em jardinagem.
Esporulação
A esporulação é o processo de reprodução onde os organismos produzem esporos que são liberados no ambiente e quando encontram condições favoráveis, germinam. Encontramos este tipo de reprodução em fungos e algas.
Reprodução sexuada
É o processo que envolve fusão de gametas de organismos de uma mesma espécie, originando um ou mais organismos geneticamente diferente dos progenitores.
Esta diferença ocorre porque no processo de formação dos gametas ocorre a meiose, e nela ocorre a recombinação gênica. Quando dos gametas se unem, somam suas características e dão origem a um novo indivíduo. Este processo aumenta a variabilidade genética entre os organismos, possibilitando assim uma diversidade maior entre eles e propiciando sempre organismos capazes de se adaptar ao meio onde vivem.
As trocas de gametas podem ocorrer entre organismos diferentes da mesma espécie ou até mesmo entre um mesmo indivíduo.
Algumas espécies apresentam indivíduos do sexo masculino e outros do sexo feminino. Estas espécies são chamadas de dióicas porque os sexos são separados. A fecundação entre eles pode ser interna ou externa. A fecundação interna ocorre dentro do organismo feminino, que é o produtor de óvulos. A fecundação externa ocorre no ambiente. Humanos são dióicos e possuem fecundação interna.
Espécies que apresentam os dois sexos em um mesmo organismo são chamadas de hermafroditas ou monóicas. Elas produzem tanto gametas masculinos quanto femininos. Podem fazer autofecundação, ou seja, o espermatozóide fecunda o óvulo da mesma planta, porém este processo não favorece a variabilidade genética. Alguns organismos possuem mecanismos que barram a autofecundação como a maturação dos órgãos sexuais em épocas diferentes, ou estruturas que dificultam o acesso dos gametas masculinos até os femininos, como em certas plantas. As minhocas são hermafroditas. O processo onde os gametas masculinos produzidos por um organismo hermafrodita fecundam o óvulo de outro organismo hermafrodita da mesma espécie é chamado de fecundação cruzada.
Partenogênese
Um caso particular de reprodução sexuada é a partenogênese, pois mesmo que não haja fecundação, envolve a participação do gameta feminino. A partenogênese é o desenvolvimento do óvulo em um novo indivíduo sem a ocorrência de fecundação.
Fecundação externa
A maioria dos ouriços-do-mar vive fixa nas rochas do mar. Em determinadas épocas do ano, os machos lançam seus espermatozóides na água. Ao mesmo tempo, as fêmeas lançam os seus óvulos. O encontro desses gametas ocorre na água e, portanto, fora dos organismos produtores de gametas.
Fecundação interna
Em outros animais, como os pássaros, o macho lança os espermatozóide dentro do corpo da fêmea. O encontro dos gametas ocorre no interior do corpo de um organismo produtor de gametas.
Existem os animais hermafroditas. Eles são, ao mesmo tempo, macho e fêmea. Um mesmo organismo produz tanto espermatozóides quanto óvulos, como acontece na minhoca.
Desenvolvimento indireto: os animais que nascem diferem significativamente da forma adulta, assim os indivíduos passam pela metamorfose.
Desenvolvimento direto: os animais já nascem com a forma definitiva, pois são muito semelhantes aos adultos, como por exemplo o ser humano.
O sistema reprodutor masculino é formado por: Testículos ou gônadas; Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra; Pênis; Escroto; Glândulas anexas: próstata; vesículas seminais, glândulas bulbouretrais;
Testículos: são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os ductos seminíferos Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig (nomenclatura antiga) produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos.
Epidídimos: são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides são armazenados.
Canais deferentes: são dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais.
Vesículas seminais: responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição do sêmen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides e é constituídas principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não protéico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado como integrante do complexo vitamínico B) e prostaglandinas (hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo. Algumas prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na dismenorréia – cólica menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo vasodilatação em artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaléias – dores de cabeça – da enxaqueca. São formados a partir de ácidos graxos insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por analgésicos e antiinflamatória).
Próstata: glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secretas substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozóides.
Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper: sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual.
Pênis: é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjosos, com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho (ereção). O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose.
A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre na bexiga. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo.
Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto: Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal.
sistema reprodutor feminino
é constituído por dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora.
Ovários: são as gônadas femininas. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos.No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os ovócitos primários - encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos. A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gaemta feminino): fenômeno conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno. Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário.
Útero: órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto, de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida. É revestido internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio.
vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante. A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais. A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na relação sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê.
Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio: são dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formados por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero.
Sistema Respiratório.
O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões.
Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras chamada cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traquéia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar.
Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe.
Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe. A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de “lingüeta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias. O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar.
Traquéia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas.
Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória. Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos pulmonares.
Diafragma: A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que separa o tórax do abdômen, presente apenas em mamíferos, promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma.
Sistema respiratório em vertebrados (peixes).
As brânquias são os órgãos respiratórios típicos do meio aquático, formadas por evaginações da parede do corpo e apresentando grande área de trocas. A sua estrutura filamentosa apenas poderia funcionar em meio aquático, que lhes fornece sustentação.
Estas estruturas podem localizar-se no exterior ou no interior do corpo, sendo as últimas as preferidas pela evolução, já que brânquias externas não só dificultam a locomoção, como facilita os danos a uma zona de epitélio sensível e delicado.
As brânquias internas estão alojadas em cavidades branquiais individuais abrindo para o exterior pelas fendas branquiais (peixes cartilagíneos) ou câmaras branquiais protegidas por opérculo e abrindo para o exterior pela fenda opercular (peixes ósseos).
Este fato não só aumenta a proteção como facilita a ventilação: a água é bombeada para a boca por ação de poderosos músculos, passa pela faringe e banha as brânquias, saindo pelas fendas branquiais ou operculares, pelo que a ventilação é contínua.
Cada brânquia é formada por um arco branquial cartilagíneo ou ósseo, que sustenta os filamentos branquiais, nele inseridos diagonalmente e contendo cada um duas arteríolas (aferente com sangue venoso e eferente com sangue arterial), separadas por uma fina rede de capilares.
Sistema respiratório em invertebrados.
Filo Porífera, Cnidária, Platyelminthes e Nematoda – esses grupos não possuem sistema respiratório. As trocas gasosas ocorrem diretamente entre as células que constituem toda a estrutura corpórea e o ambiente, justificado pelo baixo grau de complexidade e diferenciação dos tecidos ou quanto à dimensão dos organismos.
Filo Annelida – nos anelídeos, o processo respiratório apesar de bem simples, ocorre pela superfície corporal (cutânea) internamente irrigada por sangue. Em algumas espécies de anelídeos marinhos, a respiração é branquial.
Filo Mollusca – nos moluscos aquáticos a função respiratória ocorre através de brânquias, formando filamentos vascularizados, chamadas ctenídeos. Enquanto nas espécies terrestres existem sobreposições do tegumento contidas na cavidade palial, assemelhando-se a pulmões primitivos.
Filo Arthropoda – na maioria dos insetos a respiração é traqueal; nos aracnídeos além da traqueal também é observado a filotraqueal; e nos crustáceos o sistema é exclusivamente branquial.
Filo Echinodermata – reúnem animais com sistema respiratório ausente ou bem reduzido, ocorrendo por meio de brânquias que associadas ao sistema hidrovascular, facilitando essa função.
Sistema Nervoso.
Nos vertebrados, o sistema nervoso é comandado por duas regiões contínuas situadas dorsalmente na porção mediana do corpo: o encéfalo, protegido pelo crânio e a medula espinhal, protegida pela coluna vertebral. Destas regiões partem nervos que possuem gânglios nervosos e se ramificam até a periferia do corpo.
Sob um critério anatômico, baseado na posição relativa dos órgãos do corpo, chamamos de Sistema Nervoso Central (SNC) a parte formada por encéfalo e medula espinhal. E de Sistema Nervoso Periférico (SNP) a parte formada por nervos de gânglios nervosos.
O SNC recebe na forma de impulsos nervosos os estímulos do meio externo, trazidos pelos nervos que estão em contato com as estruturas sensoriais que se espalham perifericamente pelo corpo. Então, processa tais informações e elabora respostas que são enviadas – também na forma de impulsos – pelo SNP aos órgãos efetores – aqueles que executam as respostas como, por exemplo, os músculos. Assim, podemos comparar o SNC à CPU de um computador e o SNP aos seus periféricos (mouse, teclado, monitor, impressora etc.).
O encéfalo é formado por três partes: cérebro, cerebelo e bulbo.
O cérebro é responsável por nossas atividades intelectuais, memória, controle de certas funções motoras, sensações (fome, frio, sede etc.) e, em humanos, consciência e emoções. Sua camada superficial, o córtex cerebral, é formada pela substância cinzenta, constituída predominantemente por neurônios com axônios sem mielina (fibras amielínicas) e células da glia. Em seu interior encontra-se a substância cinzenta, na qual há neurônios com axônios cobertos pela bainha de mielina (fibras mielínicas) e células da glia.
Comunicado com o cérebro através da região denominado ponte, o cerebelo controla o equilíbrio e o tônus muscular, realizando uma espécie de “ajuste fino” na coordenação dos movimentos. Assim, animais que apresentam padrões de movimentação mais complexos, como os peixes ao nadarem ou as aves ao voarem, têm o cerebelo bastante desenvolvido. Já os anfíbios, que vivem prostrados ao chão e se locomovem aos saltos simples têm o cerebelo pouco desenvolvido. A doença humana chamada de Mal de Parkinson, resulta da degeneração das células do cerebelo, resultando em dificuldades na realização de certas tarefas como a de caminhar em linha reta ou manipular objetos.
O bulbo está na região entre o encéfalo e a medula espinhal. Atua no controle de atividades involuntárias e vitais como velocidade dos batimentos cardíacos, o ritmo respiratório, a pressão sanguínea, os movimentos de deglutição e regurgitação, os espirros, as tosses e a salivação.
A medula espinhal controla os atos reflexos. Dela emergem vários nervos cujos axônios são provenientes de corpos celulares locais, do encéfalo ou de gânglios nervosos. Assim, pode ser entendida como conexão nervosa entre os membros do tronco e o encéfalo. Também é formada pelas substâncias cinzenta e branca que têm posições invertidas em relação ao cérebro. Assim, a substância cinzenta da medula espinhal situa-se internamente e possui forma de “H”. O SNP é formado pelos nervos e gânglios nervosos. Os nervos são feixes de dendritos e axônios (fibras nervosas) revestidos por tecido conjuntivo. Poderiam ser comparados funcionalmente aos cabos elétricos, sendo que as fibras nervosas fariam o papel dos fios de metal e o tecido conjuntivo atuaria como material isolante ao invés de borracha ou plástico. Eles conduzem impulsos nervosos da periferia do corpo ao SNC e vice-versa. Dependendo do ponto de inserção no SNC.
Sistema nervoso em invertebrados.
Na escala evolutiva animal, o grupo acreditado como o primeiro a possuir um sistema nervoso é o filo dos Cnidários (corais, anêmonas, hidras e medusas). Os Poríferos (esponjas) - mais primitivos - não possuem sistema nervoso. Nos Cnidários, há uma rede desordenada de neurônios. E, se um pulso nervoso é desencadeado em um deles, é transmitido a todas as células que com ele se comunicam através de sinapses, e destas a outras, resultando em respostas pouco elaboradas - como os movimentos de “pulsação” em uma água viva quando está nadando. Trata-se do mais primitivo tipo de sistema nervoso, denominado Sistema Nervoso Difuso.
Nos invertebrados de simetria bilateral (Platelmintos, Nematelmintos, Anelídeos, Moluscos e Artrópodes) o sistema nervoso se situa na região ventral do corpo e organiza-se sob a forma de um ou mais cordões nervosos longitudinais apresentando dois ou mais gânglios nervosos, quer funcionam como centrais de comando ao longo de sua extensão. Nos possuidores de muitos gânglios nervosos, os da região anterior – gânglios cerebróides - são mais desenvolvidos e funcionam como um cérebro rudimentar que controla os demais gânglios. Este tipo de organização nervosa é chamada de Sistema Nervoso Ganglionar.
Nos Equinodermos, que possuem simetria radial como os Cnidários, o sistema nervoso organiza-se na forma de um anel nervoso central do qual se ramificam cordões nervosos radiais.
Nos invertebrados, a partir de gânglios e cordões nervosos emanam nervos que os comunicam com as diversas partes do corpo.
Sistema Excretor.
É a função através da qual os organismos se libertam dos produtos resultantes do metabolismo, sobretudo os produtos azotados, muitos dos quais tóxicos.
Os principais resíduos do metabolismo das células são: água, dióxido de carbono e substâncias azotadas: amônia, ácido úrico e uréia.
O dióxido de carbono e alguma água são excretadas pelas superfícies respiratórias. O sistema excretor gere as quantidades de água e outras substâncias ao mesmo tempo em que eliminam os produtos azotados.
O sistema excretor contribui para excretar resíduos metabólicos e regula a concentração da maioria dos componentes dos fluidos corporais. Em qualquer sistema excretor existem três processos fundamentais: filtração, reabsorção e secreção.
Os animais terrestres devem consumir água, não podendo eliminar continuamente a amônia, mas, por outro lado, devido á elevada toxicidade deste produto, não a podem acumular. Por isso: répteis aves e insetos transformam a amónia em ácido úrico, composto menos tóxico, no fígado e menos solúvel.
Nos mamíferos e alguns anfíbios a partir da amónia e no fígado, produz-se uréia que mais tarde é renovada pelos rins e entra na constituição da urina.
Excreção nos invertebrados
Platelmintes: Estes animais possuem sistema excretor sob a forma de nefrídeos (tubos simples abertos para o exterior por poros excretores). Dada a simplicidade destes tubos são igualmente designados protonefrídeos e geralmente distribuem-se por todo o corpo, embora nalgumas espécies possam existir apenas um ou dois pares.
Cada túbulo termina em fundo de saco alargado com uma célula-flama terminal especializada em recolher dos fluidos corporais os resíduos, geralmente sob a forma de amónia. A designação de célula-flama deriva da presença de um ou mais cílios, cujo batimento permanente faz lembrar uma chama e cria um ligeiro vácuo na extremidade fechada do protonefídeo. As moléculas de pequenas dimensões dos fluidos corporais atravessam as membranas permeáveis da extremidade do tubo, sendo as maiores retidas.
Estes resíduos são, depois, empurrados pelos tubos para o exterior pelo batimento dos cílios, saindo pelo nefridióporo na parede do corpo do animal. No entanto, ainda parte dos resíduos é lançada para a cavidade gastrovascular.
Artrópodes: Nos insetos e outros artrópodes terrestres com sistema circulatório aberto, a excreção é feita por túbulos de Malpighi. Estas estruturas localizam-se na parte posterior do corpo ligada ao tubo digestivo na zona de transição entre o intestino médio e posterior, podendo existir apenas um par ou algumas centenas. A extremidade livre do tubo é fechada e está mergulhada no hemocélio, ocorrendo à filtração através da sua parede. As células da parede do tubo transportam ativamente ácido úrico, iões potássio e sódio, entre outros, da hemolinfa para o seu interior. Devido ao aumento de pressão osmótica dentro do tubo, a água é também recolhida. Filtrado é, depois, conduzido ao reto com a ajuda das paredes musculosas dos tubos, onde são reabsorvidas partes dos sais e, novamente devido ao gradiente osmótico criado, a água. O ácido úrico restante precipita devido à diferença de pH que ocorre ao longo do tubo (é cada vez mais básico, à medida que se aproxima do reto), sendo eliminado com as fezes, numa pasta semi-seca, muito eficiente do ponto de vista de regulação hídrica em meio seco.
Excreção Humana
É responsável pela manutenção do meio interno, regulação do teor de água e sais minerais e eliminação de resíduos nitrogenados formados durante o metabolismo celular. No ser humano podemos considerar como sistemas excretores o sistema urinário (onde é produzida a urina) e a pele (que produz suor através das glândulas sudoríparas).
- Amônia: Excretada por animais aquáticos, muito solúveis em água e muito tóxicos, por isso deve ser diluída em alto volume de água. Chamados de amoniotélicos.
- Uréia: Excretada por animais terrestres não ovíparos (anfíbios e mamíferos), menos tóxicos que a amônia. O que representa uma economia hídrica. Chamados de ureotélicos.
- Ácido úrico: O menos tóxico dos três, e também o menos solúvel em água. Excretado por insetos e vertebrados ovíparos terrestres (maioria dos répteis e aves). Chamados de uricotélicos.
Sistema digestivo.
O sistema digestório humano é formado por um longo tubo musculoso, ao qual estão associados órgãos e glândulas que participam da digestão. Apresenta as seguintes regiões; boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus.
Boca: A abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo é a boca. Aí encontram-se os dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão, por meio da mastigação. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas.
Faringe: Situada no final da cavidade bucal, é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório: por ela passam o alimento, que se dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à laringe.
Esôfago: Canal que liga a faringe ao estômago, localiza-se entre os pulmões, atrás do coração, e atravessa o músculo diafragma, que separa o tórax do abdômen. O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorre-lo.
Estômago: É uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo do abdome, logo abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. Sua função principal é a digestão de alimentos protéicos. Um músculo circular, que existe na parte inferior, permite ao estômago guardar quase um litro e meio de comida, possibilitando que não se tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo. Quando está vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos agudos.
Intestino Delgado: intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm). A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro, esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no intestino.
Intestino Grosso: É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto à das secreções digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus.
Ânus: Local por onde é eliminado o resto alimentar que ganham o nome de fezes.
Modificação dos alimentos e acontecimentos durante o caminho digestivo.
A digestão é a transformação dos alimentos por nós ingeridos em elementos mais simples, chamados nutrientes. Esses nutrientes são absorvidos pelo organismo, passam através da parede do nosso intestino e são transportados pelo sangue até as células. Esses nutrientes são divididos em três categorias: os carboidratos, os lipídios e as proteínas.
A digestão se dá de duas formas:
Pode ser feita através da trituração dos alimentos (por exemplo, a mastigação): digestão mecânica. No entanto, os alimentos são degradados, sobretudo, por substâncias produzidas pelo nosso corpo (saliva, secreção do intestino,...): digestão química. As duas formas de digestão são complementares e ocorrem, freqüentemente, ao mesmo tempo.
Para os carboidratos, a digestão se dá pela transformação progressiva dos hidratos de carbono complexos, como o amido, em moléculas menores, a glicose. A glicose é a etapa final da digestão de todos os carboidratos. Ela será depois transportada pelo sangue em direção às células. A quantidade de glicose no sangue é medida pela Glicemia.
A digestão dos hidratos de carbono tem início na boca, graças à ação da saliva elaborada pelas glândulas salivares. A primeira enzima a agir sobre os carboidratos é a amilase salivar ou ptialina, que atua sobre o amido e a dextrina, transformando-os em maltose. Como os alimentos permanecem durante pouco tempo na boca, a digestão aí é reduzida. No estômago, o bolo alimentar ainda impregnado de saliva, sofre a ação da ptialina, com o desdobramento de alguma parte de amido. Entretanto, com a acidificação do meio pelo ácido clorídrico do suco gástrico, a amilase salivar é rapidamente inativada inibindo a hidrólise do amido.
Quando o bolo alimentar chega ao duodeno, sofre a ação do suco intestinal, que é uma mistura do suco pancreático e do suco entérico, elaborado pelas células do intestino delgado. Uma amilase de origem pancreática continua o desdobramento do amido que escapou da digestão bucal e gástrica. No intestino delgado, há três enzimas elaboradas pelo suco entérico: a maltase, a sacarase ou invertase, e a lactose, os quais continuam as digestões dos carboidratos. A maltase desdobra a maltose em duas moléculas de glicose; a sacarase transforma a sacarose (a qual atravessa a boca e o estômago sem sofrer ação digestiva) em uma molécula de glicose e outra de frutose; quando há ingestão de lactose, a qual não sofre digestão bucal nem gástrica, a lactose a transforma em uma molécula de glicose e outra de galactose. Sob a forma desses monossacarídeos é que os carboidratos são absorvidos.
Os monossacarídeos, depois de absorvidos pelo intestino, passam através da veia para o fígado. A absorção intestinal eleva a glicemia. A maior parte da glicose vai diretamente do fígado para o sangue, e a frutose e a galactose são convertidas em glicogênio e depois, se necessário, o glicogênio se converterá em glicose. Esta será distribuída pelo sangue aos tecidos, reduzindo a glicemia ao nível habitual. A glicose é a forma sob a qual os carboidratos se encontram normalmente no sangue. O glicogênio é a forma sob a qual eles são armazenados. Sempre que é necessário, o fígado transforma o glicogênio em glicose para manter o nível do sangue.
Os músculos, pelo seu volume e atividade, são o local de conversão da energia potencial dos alimentos em energia térmica e mecânica. Constituem a maior reserva do organismo em glicogênio, embora, em porcentagem, o fígado seja o mais rico.
Nem todos os açúcares ingeridos são digeridos.
Os açúcares digeríveis são diretamente absorvidos pelo intestino delgado e podem ser utilizados imediatamente como fonte de energia para o organismo. Senão, eles são transformados e estocados no fígado sob a forma de glicogênio, a fim de que possam servir de reserva de energia.
Esses açúcares são, por exemplo, a frutose presente na fruta e no mel, a lactose presente no leite, a sacarose (o açúcar) ou o amido.
Os açúcares não digeríveis atingem o cólon (intestino grosso) e são utilizados pelas bactérias da flora intestinal. Durante aproximadamente 10 horas eles são fermentados, produzindo gases e nutrientes que podem tanto ser absorvidos pelo nosso organismo quanto ser eliminado.
Todas as sobras de alimentos que ingerimos ou são liberadas através das fezes ou urina.
Digestão em outro vertebrado (ruminantes)
Muitos dos mamíferos são herbívoros, dependem assim de alimentos essenciais para a digestão da celulose. Muitos animais ruminantes dependem também de microorganismos simbiônticos para a digestão da celulose.
Os ruminantes incluem alguns dos mais importantes animais domésticos produtores de carne e leite (gado, ovelha e cabras), que possuem tratos digestivos especializados para a digestão da celulose.
O estômago de um ruminante consiste de diversos compartimentos, ou seja, o verdadeiro (estômago digestivo) é chamado de abomaso, é precedido por diversos compartimentos grandes, o maior deles é chamado de rúmen, funciona como um grande tanque de fermentação onde o alimento que foi misturado com saliva, sofre uma fermentação intensa, encontrando nesse compartimento grande número de bactérias e protozoários causando a degradação da celulose e a torna disponível a digestão complementar. Os produtos da fermentação (na maior parte ácidos acéticos, propiônicos e butírico) são absorvidos e utilizados, o dióxido de carbono e o metano formados no processo de fermentação, onde são liberados pela eructação.
A ruminação, ou mastigação do bolo alimentar, consiste na regurgitação e remastigarão de substâncias fibrosas indigestivas, consequentemente engolidas novamente assim se da o nome para seu grupo, alimento reentra no rúmen, ele sofre uma outra fermentação. As partículas que foram decompostas passam para outras partes do estômago, onde são sujeitas aos sucos digestivos usuais no abomaso. Os produtos fermentados no rúmen são a principal fonte de energia.
A saliva de um ruminante nada mais é que uma solução diluída de bicarbonato de sódio, que serve como um tampão e como um meio de fermentação adequado para os microorganismos. A quantidade se saliva que uma ruminante secreta diariamente é estimado em 6 a 16 litros em ovelhas e cabras e de 100 litros a 190 litros no gado.
Sistema Circulatório.
As células de todos os seres vivos necessitam de alimento e também de oxigênio. No caso do ser humano, seu corpo apresenta órgãos especiais que possuem a função de digerir os alimentos a fim de absorverem o oxigênio do ar (digestão e respiração), contudo, é necessário que esse alimento seja levado para todas as células. Para isso, existe o sistema circulatório, que leva o alimento e o oxigênio para todas as partes do corpo.
O sangue é vital para a vida das células, pois, além levar alimento e oxigênio para elas, ele também retira delas as sobras das substâncias que já não lhe são úteis. Seu percurso por todo o corpo ocorre através das veias e artérias, que se subdividem até formar vasos extremamente finos, atingindo, desta forma, todas as células.
O papel do sangue é extremamente importante, pois ele retira os nutrientes dos órgãos de digestão e o oxigênio do pulmão para levar estas substâncias para as células, para tanto, ele é impulsionado pelo coração e, assim, faz seu percurso pelas artérias (veias que saem do coração), em sua forma boa e limpa.
Durante sua trajetória pelo corpo, o sangue é filtrado pelos rins, deixando neste órgão muitos dos detritos das células. Ao regressar, ele carrega gás carbônico que absorveu das células, uma vez que, em seu lugar, deixou o oxigênio.
Após este processo, o sangue retorna ao coração, através das veias, que o transportam em sua forma ruim e sem oxigênio. Para melhorar a qualidade sanguínea, o coração envia o sangue aos pulmões, para que, desta forma, o gás carbônico seja trocado pelo oxigênio, e, em seguida, o impulsiona de volta ao corpo.
O sistema composto pelas artérias e veias que levam o sangue aos pulmões e em seguida ao coração, é chamado de pequena circulação. Já no caso do sangue que parte do coração pelas artérias, seguindo em direção ao resto do corpo e retornando pelas veias, recebe o nome de grande circulação.
Sistema circulatório em um réptil.
O coração possui duas aurículas, separadas completamente, com exceção das serpentes. O ventrículo salva nos crocodilos, é dividido por um tabique incompleto em uma parte direita e uma esquerda, que é a mais importante.
Isto significa que o sangue oxigenado, vindo dos pulmões para o lado esquerdo do coração, é essencialmente separado do sangue não oxigenado, que retorna do corpo para o lado direito. Embora a separação dos dois tipos sanguíneos dentro do coração seja completa nos crocodilianos e quase completa em outros répteis, ocorre alguma mistura em outras partes do sistema circulatório.
Da parte direita sai o grupo das artérias pulmonares, e da esquerda, um par de arcos aórticos. Há, além disso, um pequeno seio venoso.
Os glóbulos vermelhos são nucleados e elípticos.
O sangue passa ao seio venoso e daí a aurícula direita, de onde vai ao ventrículo direito. Pelas artérias pulmonares chega ao pulmão, onde se purifica.
3 de dez. de 2008
Assinar:
Postagens (Atom)