8 de dez. de 2008
Antonio Vides Júnior, A Construção Do Estado Ateista. [download]
Fonte: Sociedade da Terra Redonda
clique aqui para download: http://bitroad.net/download/a257af192483/a-construcao-do-estado-ateista.pdf.html
Anthony R. Pratkanis, Como Criar Uma Psedociencia. [download]
Autor: Anthony R. Pratkanis
Tradução: Rodrigo Farias
Fonte: Pausa para a filosofia
Original: How to sell a pseudoscience
clique aqui para doenload: http://bitroad.net/download/d59aa4595761/como-criar-uma-pseudociencia.pdf.html
Adrea Osória, Bruxas Modernas [download]
Titúlos: Bruxas Modernas: um estudo sobre identidade
feminina entre praticantes de wicca.
Autor: Adrea Osória
clique aqui para download: http://bitroad.net/download/60802d103871/Bruxas-Modernas.pdf.htmlAndré Díspore Cancian, Fundamentos do Ateísmo.[download]
Autor: André Díspore Cancian
Fonte: Ateísmo & Liberdade, pp. 17-30
Titúlo: Fundamentos do Ateísmo.
clique aqui para donwload:http://bitroad.net/download/40945e38546/os-fundamentos-do-ateismo.pdf.html
7 de dez. de 2008
Manifesto do Surrealismo, André Breton. [download]
(André Breton - 1924)
download aqui: http://bitroad.net/download/3d5ac5625120/breton.pdf.html
Álvaro Nunes, Será Que Deus Existe? [downlaod]
Fonte: Filosofia e Educação
downlaod Aqui: http://bitroad.net/download/c6b084598827/sera-que-deus-existe.pdf.html
Grimorium Verum [download]
clique aqui para download: http://bitroad.net/download/1c9c09778466/Grimorium-Verum.pdf.html
A Parapsicologia, Alejandro J. Borgo [donwload]
Fonte: Paranormal e Pseudociência em exame
Para Download clique aqui: http://bitroad.net/download/e03eac81147/a-parapsicologia.pdf.html
Aleister Crowley, Alguns exemplares. [download]
Edward Alexander Crowley, conhecido como Aleister Crowley, (Warwickshire, Reino Unido, 12 de outubro de 1875 – hastings, Reino Unido, 1 de dezembro de 1947) foi um polêmico ocultista britânico, conhecido por suas posturas controversas, pelo tarô que leva seu nome e pela criação da doutrina de Thelema. (Wikipédia)
Clique aqui para fazer os downloads:
Liber Agape: http://bitroad.net/download/b30e0e50261/Liber-Agape---Aleister-Crowley.doc.html
Liber Al Vel Legis :http://bitroad.net/download/1fd95c393786/Liber-Al-vel-Legis---Aleister-Crowley.doc.htmlLiber CL: http://bitroad.net/download/6bf2c0392953/Liber-CL---Aleister-Crowley.doc.html
Liber OZ: http://bitroad.net/download/56d0dc616292/Liber-Oz---Aleister-Crowley.doc.html
Magica Sem Lágrimas: http://bitroad.net/download/0e7e52888629/Magick-sem-L-grimas---Aleister-Crowley.doc.html
Crença e Suas Qualidades,. Adam Morton [download]
Tradução: Álvaro Nunes
Fonte: Filosofia e Educação
Original: A Guide Through the Theory of Knowledge, Blackwell,1997, pp. 5-17
Clique aqui para o Download: http://bitroad.net/download/105ab8656615/as-crencas-e-as-suas-qualidades.pdf.html
Minha Luta (Mein Kampf), Adolf Hitler. [donwload]
(Nélson Jahr Garcia)
“... Com as apresentações e explicações pseudocientificas de Hitler, seja claramente visto que o nazismo foi apenas uma fantasia de um psicopata com sérios problemas mentais, sendo isso uma obra contra o nazismo, pois prova sua real inexistência...”.
(Jessica Reinaldo)
clique aqui para fazer download: http://bitroad.net/download/84a18e13992/-livrosparatodos.net-.Adolf.Hitler.Minha.Luta-doc-.doc.html
5 de dez. de 2008
Energia Nuclear (trabalho escolar)
A utilização da energia nuclear vem crescendo a cada dia. A geração nucleoelétrica é uma das alternativas menos poluentes; permite a obtenção de muita energia em um espaço físico relativamente pequeno e a instalação de usinas perto dos centros consumidores, reduzindo o custo de distribuição de energia.
Outras fontes de energia, como solar ou eólica, são de exploração cara e capacidade limitada, ainda sem utilização em escala industrial. Os recursos hidráulicos também apresentam limitações, além de provocar grandes impactos ambientais.
Por isso, a energia nuclear torna-se mais uma opção para atender com eficácia à demanda energética no mundo moderno.
História
A Teoria Atomística foi edificada inicialmente no quinto século antes de Cristo pelos filósofos gregos Leucipo e Demócrito.
Na sua Teoria Atomística, Demócrito afirma que o Universo tem uma constituição elementar única que é o átomo, partícula indivísivel, invisível. impenetrável e animada de movimento próprio. As vibrações dos átomos provocam todas as nossas sensações. Lito Lucrécio Caso, célebre poeta romano (95-52 AC), reproduziu em seus poemas as idéias de Demócrito no seu livro "DE RERUM NATURA", muito divulgado na época do Renascimento.
Somente no início do século XIX, os pesquisadores em química retornaram à hipótese atômica. Esta hipótese foi proposta por John Dalton em 1803 e a teoria atómica apresentada no livro "A NEW SYSTEM OF CHEMICAL PHILOSOPHY". Os postulados fundamentais de Dalton são os seguintes:
I) — Os elementos químicos consistem de partículas discretas de matéria, os átomos, que não podem ser subdivididos por qualquer processo químico conhecido e que preservam a sua individualidade nas reações químicas;
II) — Todos os átomos do mesmo elemento são idênticos em todos os aspectos, particularmente em seus pesos; elementos diferentes têm átomos diferentes em peso. Cada elemento é caracterizado pelo peso dos seus átomos;
III) — Os compostos químicos são formados pela união de átomos de diferentes elementos em proporções numéricas simples, isto é: 1:1, 1:2, 2:1, 2:3, etc. Com a finalidade de interpretar as leis volumétricas de Gay-Lussac (1805-1808), em 1811, Amadeo Avogadro, Conde de Quaregna e Cerreto, professor de foiça de Turim, Itália, estabeleceu a hipótese da existência de moléculas que correspondem ao agrupamento de átomos. Os gases que têm moléculas formadas de um único átomo são monoatômicos, de dois átomos, diatômicos. etc. Após o ano de 1834. a interpretação das leis de Eletrólise, de Michael Faraday, permitiu que se concluísse que os átomos transportavam cargas elétricas.No ano de 1869,o químico russo Dmitri Men-deleev apresentou uma classificação periódica dos elementos na qual os átomos eram distribuídos em função dos seus pesos atômicos.
O primeiro modelo de átomo foi apresentado por J. J. Thomson (*1856- +1940). O modelo é conhecido como o do "pudim de ameixas". O átomo é constituído por um núcleo positivo (o pudim) no qual se acham inscrustados os elétrons (as ameixas). J. J. Thomson é um dos principais físicos do período de transição entre a Física Clássica do Século XIX e a Física Moderna do Século XX. Foi o fundador da Escola Ele-trônica de Cambridge e dirigiu o Laboratório de Física dessa universidade até 1918. sendo substituído por seu assistente Rutherford. Dividiu com Loreniz a honra de haver iniciado o estudo do elétron, um dos capítulos da física de maior fecundidade no início do século, tendo recebido por seus trabalhos o Prémio Nobel em 1906. Por intermédio da utilização de campos elétricos e magnéticos, determinou a relação entre a carga e a massa das partículas constituintes dos raios catódicos, e identificou que eram feixes de elétrons. Robert A. Millikan. físico americano, professor da Universidade de Chicago, trabalhou durante nove anos (1909-1917) na determinação da carga do elétron na sua célebre experiência da gotícula de óleo. Teve também grande importância para o desenvolvimento da física atómica, as descobertas do RAIO-X e da RADIOATIVIDADE.
Roentgen, em 1895, descobriu um tipo de radiação que atravessava corpos opacos, apesar de serem absorvidos em parte por eles. Esses raios têm a propriedade de excitar substâncias fosforizantes e fluorescentes, impressionam placas fotográficas e aumentam a condutividade elétrica do ar que atravessam. Como eram de natureza desconhecida, foram denominados de Radiação X ou Raios X. H. Poincarré apresentou, em 1896, na Academia de Ciências de Paris e na "Revue Génerale des Sciences" os resultados desses estudos.
Henri Becquerel (*1852-+1908), entusiasmado com a apresentação de Poincarré. intensificou seus estudos sobre materiais fosforecentes e fluorescentes. Nos seus trabalhos, Becquerel. no mesmo ano de 1896. estabeleceu que os sais de urânio emitem radiações análogas às dos Raios-X e que impressionavam chapas fotográficas. Quase trinta anos antes ,(1867),Niepce de Saint Victor descobriu que radiações emitidas por um sal de urânio impressionavam uma chapa fotográfica. Infelizmente, os conhecimentos científicos da época não permitiram tirar maiores proveitos da descoberta.
Os raios de Becquerel foram estudados, também, por Kelvin, Beattle, Smoluchwski, Elster, Geitel, Schmidt e o célebre casal Curie (Pierre Curie * 1859-+ 1906, e Maria Slodowska Curie * 1867-+1934). Em 1898, Madame Curie, em Paris, descobriu, ao mesmo tempo que Schmidt,na Alemanha, que entre os elementos conhecidos, o Tório apresentava características radioativas do urânio. O casal Curie já explicava a ra-dioatividade como uma propriedade atómica. Ajudados por Bemont, separaram quimicamente vários elementos radioativos e descobriram, em 18 de julho de 1898, o Polónio, nome que foi dado em homenagem à pátria de Maria Slodowska Curie. O rádio foi descoberto por Madame Curie em 1910, após longo trabalho, já que,para extrair 1 grama do elemento,teve que tratar aproximadamente 10 toneladas de mineral.
No estudo da radioatividade natural,veriticou-se a existência de 3 tipos de radiação: RAIOS OU PARTÍCULAS a — Partículas positivas são desviadas em um campo magnético em sentido contrário dos raios catódicos. Foi Rutherford,em 1903, que determinou o seu desvio através de um campo elétrico ou um campo magnético, e que as partículas alfa constituem núcleos de hélio. A interpretação da desintegração alfa foi realizada por Gamow em 1927. utilizando a teoria do efeito túnel. RAIOS OU PARTÍCULAS 3 — São mais penetrantes que as partículas a. São elé-trons, e foram estudados inicialmente por Giesel. Meyer, Schweidler. Becquerel. Kauf mann e Bragg. O estudo da desintegração beta, um dos trabalhos mais importantes da física nuclear, foi realizado por Fermi em 1934.
RAIOS Y — São radiações eletromagnéticas emitidas pelo núcleo. Inicialmente foram confundidas com os Raios-X.
Rutherford verificou que eram radiações eletromagnéticas,pois não sofriam desvio ao atravessar campos elétricos ou magnéticos e não apresentavam massa de repouso.
Ernest Rutherford (nasceu em Nelson, Nova Zelândia, em 1871, e morreu na Inglaterra em 1937) estabeleceu o modelo atual de átomo. Foi um dos físicos mais importantes do nosso século. Fez seus estudos na Austrália e na Inglaterra. Em 1898, foi nomeado professor em Montreal e,em 1907, em Manchester. Como dissemos anteriormente, ocupou a cátedra deixada por J. J. Thomson em Cambridge,em 1918,e foi Diretor do Laboratório Cavendish. Recebeu o Prêmio Nobel em 1908 e,em 1931,foi tornado nobre pelo Rei da Inglaterra. Sua experiência,para a determinação do modelo de átomo de J. J. Thomson,constituiu um dos capítulos mais interessantes da física nuclear. Foi realizada em 1911, utilizando o espalhamento de partículas alfa por núcleos pesados. Resultados dos desvios das trajetórias, as partículas alfa permitiram o estabelecimento do seu modelo nuclear, que é análogo ao nosso sistema planetário. O núcleo central é positivo;e em torno dele gravitam partículas negativas: os elétrons.
Entre 1913 e 1915, Niels Bohr, em Copenhague, estudando o problema da estabilidade do átomo de Rutherford, estabeleceu uma teoria na qual havia a aplicação de hipóteses quânticas no movimento dos elétrons. Ficaram célebres, em Ciência, os postulados de Bohr relativos às órbitas eletrônicas. O átomo de Bohr apresentou uma perfeita aplicação ao estudo da espectroscopia atómica de núcleos hidrogenóides. Os postulados de Bohr têm os seguintes enunciados:
i ) — Um sistema atômico possui um número de estados (órbitas) nos quais os elétrons não emitem radiação. São chamados de estados estacionários do sistema, isto é, a energia permanece constante. O primeiro postulado contraria as leis da eletrodinâmica clássica;
ii) — Qualquer emissão ou absorção de radiação deve corresponder à uma transição entre dois estados estacionários. A variação de energia entre dois estados estacionários é um número inteiro de quanta*.
iii) — O momento angular do elétron em órbita é um número inteiro de h (constante de Planck) dividido por 211. *Quantum — produto da constante de Planck pela frequência da radiação. A ideia original da teoria de quantum é de Max Planck (1901) e foi utilizada no estudo da radiação do corpo negro.
A idéia original de quantização da energia foi apresentada por Max Planck,em 1901. no estudo da radiação do corpo negro. A mecânica quântica ou mecânica ondulatória começou a ser estruturada por L. de Broglie, em 1924, com o seu postulado que resolvia o problema da dualidade onda-corpúsculo: — A toda onda está associado um corpúsculo e a todo corpúsculo está associada uma onda. A mecânica ondulatória deve seu desenvolvimento a Schrõdinger (1926) e a Heisemberg,com a mecânica das matrizes (1925). A mecânica quântica e a Teoria da Relatividade de A. Einstein (1905) constituem poderosas ferramentas para o desenvolvimento da micro física, tanto no campo da física atómica como da física nuclear.
O problema da constituição do núcleo foi um dos capítulos mais importantes e difíceis da física nuclear. Em 1916, Prout sugeriu,como Dalton, que todos os pesos atómicos deveriam ser números inteiros. Como o hidrogênio era o átomo mais leve, os átomos deveriam ser constituídos de átomos de hidrogénio. Posteriormente, como na radioatividade natural, verificou-se a saída de partículas negativas(elétrons)do núcleo, e foi estabelecida uma hipótese da constituição do núcleo por prótons e elétrons. A primeira desintegração artificial foi obtida por Rutherford,em 1919, bombardeando átomos de nitrogênio com partículas alfa. Verificou Rutherford que havia a produção de oxigénio 17 e a saída de um próton. Determinou-se posteriormente, por razões quânticasra impossibilidade da existência de elétrons no interior do núcleo.
Rutherford propôs existência, no núcleo, de uma partícula neutra, composta de um próton e um elétron. à qual deu o nome de nêutron. Em virtude de problemas relacionados as conservações de momento angular intrínseco e energia, foi proposto a existência de novas partículas: o neutrino e o anti-neutrino.
Assim, poderemos escrever que:
nêutron — próton + elétron + anti-neutrino próton — nêutron + positron + neutrino
O neutrino e o anti-neutrino foram evidenciados por R. Davis,em 1955,e Cowan, Reines, Harrison, Kruse e McGuire,em 1956.
O positron, que é uma partícula de massa igual a do elétron e de carga positiva, foi imaginada por Dirac na resolução da sua equação relativa ao estudo do momento angular intrínseco do elétron (SPIN). O positron foi determinado,experimentalmente, em 1932, por Anderson,no estudo de radiação cósmica. Em 1935, Yukawa apresentou a sua TEORIA DO CAMPO MESÔNICO para explicar o problema das forças nucleares. Em 1947, na Inglaterra, no estudo de raios cósmicos, e em 1948 nos Estados Unidos da América, em laboratório, foi descoberto o MESONII. Nestas experiências, devemos destacar o nome do brasileiro Cezar Lattes que participou ativamente nesta descoberta. Este acontecimento foi de grande importância para o desenvolvimento da Física no Brasil e motivou a Criação do CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS FÍSICAS (C.B.P.F.), atualmente um dos centros de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (C.N.P.q).
A existência do nêutron foi verificada experimentalmente em 1932. por Chadwik. Hoje, aceitamos como constituintes do núcleo as partículas próton e nêutron: é a hipótese próton-nêutron. Essas partículas constituintes do núcleo são denominadas nucleons.
A ENERGIA NUCLEAR
PEQUENA HISTÓRIA DA VIDA DE FERMI
Não poderemos dissociar do desenvolvimento e aproveitamento da energia nuclear o nome de Enrico Fermi, um dos maiores físicos do século. Enrico Fermi nasceu,em Roma, no dia 29 de setembro de 1901. Stefano Fermi. o avô paterno, foi o primeiro de uma família de camponeses a abandonar o trabalho da terra. Alberto Fermi. o 2o filho de Stefano, pai de Enrico Fermi, trabalhava na Companhia Ferroviária — "Alta Itália".
Enrico Fermi Cedo, auxiliado por sua irmã, aprendeu a ler e escrever, e tendo uma memória prodigiosa, guardou trechos longos de "Orlando Furioso". Em 14 de novembro de 1918, fez concurso para a Escola Normal Superior de Pisa. A sua tese de "Laurea" defendida em 1922. foi sobre "Difração de Raio-X em Cristais", tendo recebido da Banca Examinadora a "magna cum laude' Em 1923. recebeu uma bolsa de estudos para trabalhar no Instituto de Max Bom, em Gothing. Born ensinava Física Teórica,e James Franck. Física Experimental. Encontrou,em Gothing,os físicos (ainda jovens, mas já brilhantes )Werun Heisenberg e Pascual Jordan. Voltando da Alemanha, foi convidado por Corbino para ensinar Matemática para os Químicos da Universidade de Roma. Na Universidade reencontrou Pérsico, um amigo de juventude e um dos maiores matemáticos italianos.
No dia 7 de novembro de 1926, a Banca Examinadora do Concurso para Professor de Física Teórica da Universidade de Roma composta dos Professores Garbasso, Maggi, Cantone, Q. Majorana e Corbino. por unanimidade, apresentou como vencedores: Fermi. o primeiro: Pérsico, o segundo-, e Aldo Pontremoli. o terceiro. Fermi permaneceu como professor em Roma. Pérsico foi para Florença e Pontremoli para Milão. No ano de 1929, Benito Mussolini nomeou Fermi "Académico d'Itália". A indicação de Fermi como Acadêmico teve a finalidade de atrair para o fascismo a Ciência Italiana.
Todavia, a atuação de Fermi. quer como acadêmico, quer como político, foi praticamente insignificante. A "Academia d'talia" tinha por finalidade se opor à "Academia dei Lincei" que era composta por uma maioria de cientistas antifascistas.
Fermi visitou os Estados Unidos pela primeira vez em 1930. tendo sido convidado para lecionar em Ann Arbor, onde está situada a Universidade de Michigan. Nessa Universidade,ministrou um Curso de Verão em Física Teórica. Voltou posteriormente, nos anos de 1933 e 1935, e se tornou um grande amigo da América e dos americanos.
A atuação de Fermi como professor da Universidade de Roma foi fundamental para a mudança dos destinos da Física na Itália. Até 1928, não existiam livros de Física Moderna adaptados aos estudos universitários. O único livro utilizado por toda uma geração de física era em alemão: "Atombau und Spektrallinien" de Sommerfeld. Fermi começou a escrever em 1927 e publicou,em 1928, em italiano, uma "Introduzione alia Física Atómica".
A sede de toda a modificação científica de Roma, e da própria Itália, era o velho Instituto de Física da Universidade de Roma, situado na rua Panis-perna 89a. Neste Instituto, dirigido pelo professor Corbino. Fermi pôde concentrar os melhores estudantes de Física da época. Foram discípulos e colegas de Fermi: Amaldi, Bruno Pontecorvo. Basetti. Majorana e Emilio Segre. Fermi introduziu na velha Universidade o estudo de mecânica quântica e mostrou a importância dos trabalhos de Rutherford na física nuclear. Corbino, apoiando as ideias de Fermi, em 1929. apresentou na "Societã Italiana per il Progresso delle Scienze", em Florença, um trabalho profético que viria modificar os destinos da Física Italiana. Poderemos citar alguns trechos desse trabalho:
... "A única possibilidade de novas grandes descobertas da Física reside no fato de podermos modificar o núcleo interno do átomo. Este será um trabalho verdadeiramente digno da física futura".
... "O único caminho que poderá permitir, a agressão do núcleo do átomo é aquela que permite a aceleração artificial dos projéteis naturais dos elementos radioativos em grande número e com grande velocidade, o que exigirá tubos carregados e alimentados a uma diferença de potencial de dez milhões de volts. Somente dificuldades técnicas e financeiras, não a priori insuperáveis, se opõem a realização deste grande pro-jeto. O objetivo não é somente a transmutação dos elementos químicos em quantidades sensíveis, mas a constatação da grande produção energética que deverá se manifestar na pulverização ou reconstituição dos núcleos atômicos".
Estavam previstas a Fissão e a Fusão nucleares.
Em 1933, Fermi escreveu uma teoria sobre o decaimento beta. O seu trabalho "Tentativo di una Teoria dellEmissione dei Raggi Beta" foi rejeitado pela revista "Na-ture". pois segundo a revista, apresentava muitas hipóteses que estavam longe de uma realidade física. Seu trabalho, que constitui a base das Interações Fracas e do estudo da Desintegração Beta. foi publicado nas revistas "Zeitschrift fúr Physik" e "Ricerca Scientifica". Em março de 1934, Fermi sugeriu a Rasetti que irradiasse vários elementos com nêutrons de uma fonte de Polônio-Berílio. que era muito fraca. Posteriormente, após quase 2 anos de trabalho.
Fermi, com o auxílio do Instituto de Saúde Pública, construiu uma fonte de Rádio-Berílio. Com esta fonte mais possante, Fermi bombardeou, sistematicamente, diversos elementos em ordem crescente de peso atômico. Publicou o trabalho em 25 de março de 1934. intitulado: "Radioattività Provo-cata da Bombardeamento de Neutroni — I". O / indicava que haveria uma série de trabalhos sobre o mesmo assunto. Solicitou o auxilio de Amaidi e Segre. Telegrafou a Rasetti. que estava de férias em Marrocos, para que voltasse rapidamente. Por felicidade, ou infelicidade do grupo, chegava à Roma,nesta época,o químico Oscar D'Agos-tino que recebera uma bolsa para trabalhar no Laboratório de Marie Curie. Feliz ou infelizmente, porque Oscar D'Agostino. se interpretasse bem os resultados das experiências de Reações de Neutrons com o Urânio, deveria ter chegado, vários anos antes, à descoberta da Fissão. É interessante a carta de Lord Rutherford a Fermi no ano de 1934.
"Caro Fermi.
Agradeço a gentileza de me enviar uma resenha de suas recentes experiências nas quais tem provocado uma radioatividade em muitos elementos utilizando nêutrons como partículas incidentes. Os seus resultados são de grande interesse, e não duvido que obteremos rapidamente maiores informações sobre o verdadeiro mecanismo dessas transformações. Não está claro que em todos os processos as explicações sejam tão simples como as das observações de Juliot Curie. Congratulo-me com você pela sua fuga da esfera da Física Teórica. Parece que você encontrou um bom filão para começar. É bom saber, também, que o Prof. Dirac está fazendo experiências. Isto parece um bom augúrio para a Física Teórica.
Rutherford
Nesta época (1934), acreditava-se que a eficiência dos nêutrons para produzir novos núcleos aumentasse com a sua energia. Nesse mesmo ano. foi descoberto que esta idéia estava errada.
No verão de 1934, Fermi esteve no Brasil e, em São Paulo, encontrou o Físico de Turim Gleb Wataghin* e um velho companheiro da Escola Normal de Pisa. o matemático Luigi Fantappie. Wataghin e Occhialini criaram uma florescente Escola de Física que muito contribuiu para o desenvolvimento da Ciência Brasileira.
O ano letivo de 1934-1935 foi um dos mais produtivos para o grupo de Fermi.
Os trabalhos sobre nêutrons foram reunidos por Rutherford e publicados nos "Proceedings" da "Royal Sociery" de Londres. No trabalho apresentado a "Royal SocietyV a atividade produzida nos vários elementos é classificada em: fraca, média e forte. Com a finalidade de otimizar essa classificação um tanto grosseira, Fermi indicou Amaidi e Pontecorvo para estudar as seções de choque das reações com nêutrons. O elemento escolhido inicialmente para o estudo foi a prata, que apresentava uma meia-vida de decaimento de 2,3 minutos. Verificaram que os resultados obtidos para a radioatividade induzida eram diferentes quando se mudava a mesa que suportava o pesado espectroscópio Hilger, isto é, dependia do fato da mesa ser de madeira ou de mármore. Verificou-se mais tarde que o fato poderia ser explicado pela moderação de velocidade dos nêutrons no hidrogênio da madeira.
No dia 18 de outubro de 1934, para esclarecer este "mistério", começaram a estudar, sistematicamente, este problema. Para evitar a dispersão de nêutrons na experiência, foi constituído um pequeno anteparo de chumbo. Sem que ninguém soubesse o porquê, Fermi substituiu o pesado anteparo por parafina. Muitos anos mais tarde, contou ao astrônomo Chan-drasekhar o modo fortuito como são feitas as descobertas científicas: "Desejo contar como fiz a descoberta mais importante da minha vida. Um dia. indo ao laboratório, estava pensando em estudar a absorção de nêutrons por um bloco de chumbaQuan-do, finalmente, estava para começar a experiência,eu pensei: não quero um bloco de chumbo mas um de parafina. Foi verdadeiramente uma inspiração improvisada, sem uma razão premeditada".
O certo de tudo isto é que, no dia 22 de outubro de 1934, foi utilizada pela primeira vez parafina na moderação de nêutrons. Numa outra parte do Instituto, enquanto Fermi trabalhava, estava sendo realizado um exame,do qual participavarn,como Membros da Banca Examinadora,quase todos os componentes do grupo de Fermi. Pérsico, em visita a Roma, e Bruno Rossi, assistiam às experiências. Ao meio-dia, Fermi convocou todos os membros do Instituto para verificar um estranho fenómeno: a parafina multiplicava grandemente o efeito dos nêutrons. Todos foram para o almoço ainda confusos com os resultados da parte da manhã. Quando voltaram, às 3 da tarde. Fermi já havia apresentado uma hipótese que explicava a ação da parafina: I — os nêutrons lentos eram mais eficazes que os rápidos na produção de reações nucleares em certos elementos; II — a parafina agia como moderador, isto é, o choque dos nêutrons com os núcleos de hidrogênio (elementos leves) da parafina perdiam grande parte de suas energias cinéticas.
À noite, na casa de Amaldi, foi preparada uma "lettera" para comunicar a descoberta, que seria publicada na "Ricerca Scientifica". Como a esposa de Amaldi era redatora da revista, enviou para a redação,na manhã seguinte,o artigo que tinha como título "Azione di Sostanze Idrogenate sulla Radioatività Provocata da Neutroni — I". São autores: E. Fermi, E. Amaldi, B. Pontecorvo. F. Rasetti, E. Segre.
Foi um verdadeiro pandemônio a preparação da breve comunicação na casa de Amaldi. Fermi ditava. Segre escrevia. Rasetti, Amaldi e Pontecorvo andavam pela sala fazendo comentários em altas vozes. A empregada do casal Amaldi perguntou a Ginestra Amaldi se estavam todos malucos. Corbino considerou muito importante a descoberta que foi patenteada, tendo recebido o número de patente italiana N. 324458, no dia 26 de outubro de 1935. Os inventores registrados foram: Fermi, Amaldi, Pontecorvo, Rasetti, e Segre, que decidiram, caso houvesse qualquer lucro em dinheiro, dividir a quantia, em partes iguais, também com os químicos Trabachi e D'Agostino.
Foi realmente um problema legal muito difícil,a cobrança dos direitos da patente. A termaliza-ção de nêutrons foi utilizada na construção do primeiro reator nuclear, em 1942, nos Estados Unidos. Os advogados do Governo Americano lutaram, até 1953, para não pagar os direitos sobre a patente. Além do mais, em 1950, Pontecorvo, no mês de setembro, fugira para a União Soviética. No verão de 1953, o Governo Americano perdeu a questão e pagou aos inventores quatrocentos mil dólares, que correspondia à uma quantia de vinte e cinco mil dólares para cada um. Os anos de 1936 e 1937 apresentaram uma atmosfera pesada na Itália. A retórica de Mussolini, mesmo para pessoas apolíticas como Fermi, ressoava de maneira desagradável. A conquista da mísera Etiópia era para o fascismo a restauração das glórias do Império Romano.
Veio, posteriormente, a aliança com a Alemanha, que desgostou os intelectuais italianos. A gota d'água para Fermi foi o "Manifesto delia razza" que apresentava a bandeira do anti-semitismo na Itália. A esposa de Fermi era semita e,como o marido, começou a pensar, cautelosamente, em se deslocar para a América. A morte de Corbino em 1937, com 61 anos, talvez tenha também contribuído para esta decisão. Foi escolhido, para substituí-lo no Instituto de Física,o professor Lo Surdo, inimigo de Fermi que apresentava total apoio ao governo de Mussolini.
O Prêmio Nobel recebido por Fermi, em Estocolmo, contribuiu de maneira categórica para a sua ida à América. Fermi recebeu uma comunicação reservada de Niels Bohr. no verão de 1938. de que seria agraciado com o Prêmio Nobel pela produção de elementos transuranianos resultantes do bombardeamento de urânio por nêutrons. A comunicação contrariava o sigilo que cerca o Prêmio Nobel. Foi feita com a finalidade de evitar as represálias que haviam sido postas em prática pelo governo da Alemanha, com outros pesquisadores agraciados pelo prêmio.
No dia 10 de novembro de 1938. recebeu por telefone o convite oficial para re ceber o Prémio Nobel. Partiu de trem. de Roma, no dia 6 de dezembro, juntamente com Laura.sua esposa.e os dois filhos. Nelia e Giulio.Compareceram ao embarque Amal-di e Raserti. que perceberam que a partida representava o fim de uma época memorável da Universidade de Roma.
Enquanto se desenrolavam em Estocolmo as cerimônias da entrega do Prêmio Nobel, na Alemanha. Otto Hahn e Fritz Strassman faziam a descoberta mais importante da Física Nuclear: a fissão do núcleo. A comunicação foi apresentada à Revista "Naturwissenschaften" no dia 22 de dezembro de 1938. Eles determinaram, sem qualquer sombra de dúvida, a presença de bário como produto do bombardeamento do urânio por nêutron. Antes de publicar o trabalho, Hahn e Strassman comunicaram a descoberta a Frisch e a Lise Meitner que se encontravam na Dinamarca, pois foram obrigados a abandonar a Alemanha. Pela presença de bário, Lise Meitner, que trabalhara muitos anos com Otto Hahn, concluiu então que o bário era um dos fragmentos que resultavam da fissão do urânio. Meitner trabalhava com Niels Bohr,em Copenhague. Este fato terá grande importância na História da Energia Nuclear. Da Suécia. Fermi dirigiu-se a Copenhague, tendo sido recebido cordialmente na casa da família de Niels Bohr. Partiu da Europa no navio Franconia e desembarcou,no dia 2 de janeiro de 1939, em New York. Disse, ao desembarcar, para Laura: "Fundamos o ramo americano da família Fermi". Foi recebido,no desembarque, pelo Professor G. B. Pegram. Chefe do Departamento de Física da Universidade de Columbia.
Fatos da história no uso da energia nuclear:
1896 - Descoberta a radioatividade;
1898 - Isolados o polônio e o rádio. Descoberta a radiação gama;
1902 - Confirmada a desintegração radioativa espontânea;
1910 - Uso ingênuo a de materiais;
1920 - radioativos na medicina e indústria;
1911 - Concebida a idéia de usar traçadores radioativos;
1926 - Uso de radiação para o tratamento de câncer;
1934 - Primeiro radionuclídeo artificial. Primeira fissão do urânio com nêutrons;
1936 - Uso em terapia de radioisótopos produzidos em ciclotron;
1939 - Carta de Einstein sobre a possibilidade de os alemães construírem a bomba atômica;
1941 - Início do programa nuclear norte-americano;
1942 - Início da construção de um reator nos Estados Unidos;
1945 - Lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki;
1967 - Brasil assina Tratado para a Proscrição de Armas Nucleares na América Latina e
Caribe;
1968 - Estabelecido pela AIEA o Tratado de Não-proliferação;
1972 - Assinado com os Estados Unidos acordo para a construção de Angra 1;
1981 - Autorizado funcionamento provisório de Angra 1;
1982 - Brasil passa a produzir bolo amarelo (yellow cake);
1984 - Angra 1 entra em operação comercial;
1987 - Brasil inicia produção de urânio enriquecido. Acidente em Goiânia com césio-137
1988 - Inaugurado o reator MB/01 concebido e construído no Brasil;
1991 - Brasil e Argentina assinam acordo para uso pacífico da energia nuclear;
1994 - Entra em vigor o Tratado para a Proscrição de Armas Nucleares na América Latina e Caribe;
1995 - Brasil passa a produzir o radiofármaco tálio-201;
2000 - Início de operação de Angra 2;
2004 - Entra em operação a usina de enriquecimento nuclear em Resende (RJ).
O que é
A quebra, a divisão do átomo, tendo por matéria prima minerais altamente radioativos, como o urânio (descoberto em 1938).
A energia nuclear provém da fissão nuclear do urânio, do plutônio ou do tório ou da fusão nuclear do hidrogênio. É energia liberada dos núcleos atômicos, quando os mesmos são levados por processos artificiais, a condições instáveis.
A fissão ou fusão nuclear são fontes primárias que levam diretamente à energia térmica, à energia mecânica e à energia das radiações, constituindo-se na única fonte primária de energia que tem essa diversidade na Terra.
Como forma térmica de energia primária, foram estudadas as aplicações da energia nuclear para a propulsão naval militar e comercial, a nucleoeletricidade, a produção de vapor industrial, o aquecimento ambiental e a dessalinização da água do mar.
Apesar de polêmica, a geração da energia nucleoelétrica é responsável pelo atendimento de 18% das necessidades mundiais de eletricidade. São as aplicações da ciência e tecnologia nucleares que resultam em benefícios mais significativos, de amplo alcance e de maior impacto econômico e social.
Energia elétrica a partir de energia nuclear
Para se obter energia elétrica a partir da energia nuclear é necessário que haja a fissão nuclear de um átomo, geralmente de urânio-235, neste processo ocorrerá a quebra do núcleo atômico, que ocorrerá com liberação de grande quantidade de energia, da ordem de 1010J de energia liberada por mol de urânio quebrado. A reação de quebra do urânio pode ser controlada ou não, caso não seja, a energia produzida poderá ser utilizada em bombas atômicas, caso ela seja controlada, poderá ser utilizada de maneira benéfica, como na produção de energia elétrica.
A grande quantidade de energia produzida na reação de quebra do urânio será utilizada para aquecer um caldeirão que gerará vapor. Este vapor será induzido a passar por um sistema de turbinas, que serão as responsáveis por fazer girar um gerador, que por sua vez produzirá energia elétrica através da indução magnética, ou seja, do movimento de um ímã, que fará aparecer uma corrente elétrica no sistema. A produção de energia elétrica a partir de quedas d'água ou de fissão nuclear controlada produz a mesma energia elétrica.
A energia elétrica produzida a partir de energia nuclear não é radioativa e é igual a energia produzida em hidroelétricas, podendo ser utilizada para os mesmos fins.
Geração de Energia Nuclear
A geração de energia nuclear é altamente dependente da temperatura do meio, e a seção de choque das reações depende da energia, porque as reações são ressonantes com os níveis de energia do núcleo composto. Desta forma, não se pode escrever uma simples expressão entre a produção de energia nuclear, com a temperatura e a densidade.
Funcionamento de uma usina nuclear
segundo a INB (industrias Brasileiras do Brasil)
Os átomos são mais leves ou mais pesados, dependendo do número de partículas que se constituem. O mais leve que se conhece é o do hidrogênio e o mais pesado o do urânio.
Um átomo é composto por um núcleo e por partículas menores que gravitam em torno desse núcleo. Essas partículas se chamam elétrons, são muito leves e têm carga elétrica negativa. Dentro do núcleo, há dois tipos de partículas, chamadas prótons e nêutrons.
O número de prótons é sempre igual ao número dos elétrons mas sua carga é positiva. Quanto aos nêutrons, variam em número sendo mais numerosos quanto mais pesado for o átomo. Eles não possuem carga elétrica alguma, são neutros, como o nome está dizendo.
Embora sabendo que tudo que existe na natureza é formado por átomos, trataremos apenas dos átomos do elemento chamado urânio.
No urânio presente na natureza são encontrados átomos, que têm em seu núcleo 92 prótons e 143 nêutrons (cuja soma dá 235), átomos com 92 prótons e 142 nêutrons (234) e outros ainda, com 92 prótons e 146 nêutrons (238). Como os prótons e elétrons são em número igual (92), podemos dizer que esses átomos são quimicamente iguais e os chamaremos de isótopos do mesmo elemento, isto é, do urânio.
Para diferenciá-los, usa-se o símbolo químico de elemento e um número, de acordo com seu peso atômico - Isótopo U-234, - Isótopo U-235 e - Isótopo U-238.
O choque de um nêutron livre com o isótopo U-235 causa a divisão do núcleo desse isótopo em duas partes -dois outros átomos - e ocasiona uma liberação relativamente alta de energia. Dá-se a esse fenômeno o nome de fissão nuclear.
A fissão nuclear ocasiona a transformação da matéria em energia, através da divisão do isótopo U-235.
Por que o U-235 e não o U-234 ou o U-238?
Quando a fissão do isótopo U-235 ocorre, o núcleo divide-se em duas partes formando dois elementos novos, e dele se desprendem 2 ou 3 nêutrons que, por seu turno, podem chocar-se com outro núcleo de U-235 acarretando nova fissão, novos elementos são formados, provocando uma seqüência de fissões denominada reação nuclear em cadeia.
Somente o U-235 na natureza tem a propriedade de se fissionar e portanto, sustentar uma reação em cadeia.
O aproveitamento e controle dessa energia liberada é feito dentro de reatores nucleares, que nas usinas nucleares, fazem o mesmo papel que a caldeira desempenha nas usinas térmicas comuns.
A fim de otimizar as reações nucleares costuma-se enriquecer o urânio antes do seu uso nos reatores. Esta operação consiste simplesmente em aumentar o teor do Isótopo U-235 (o único que se fissiona) na mistura de isótopos do urânio natural (U-234, U-235 e U-238).
Fissão nuclear
O núcleo de um átomo pode ser separado. A fissão nuclear significa separar o núcleo dos átomos. Quando isto acontece dá-se uma tremenda reacção química libertando grande quantidade de energia luminosa e calorífica. Quando o núcleo do átomo é separado lentamente, a energia gerada pode ser transformada em energia eléctrica. Se a fissão nuclear for brusca dá-se uma explosão criando-se assim a bomba atómica.
Numa central nuclear os átomos do urânio são separados. Este metal raro é extraído do subsolo através de minas. O urânio é trabalhado e repartido por pequenas balas colocadas num longo varão. O varão está dentro de um reactor que controla a separação atómica e sua reacção.
As partículas separadas de um átomo vão ao encontro de outros átomos separando-os; gera-se assim um processo de separação nuclear corrente. Os varões servem para controlar a quantidade de urânio emitida para o reactor, de forma a que a separação dos núcleos não atinja grande velocidade.
Se a reacção não fosse controlada poderia dar-se uma explosão atómica. No entanto, isto é difícil de acontecer porque numa bomba atómica é necessário juntar durante muito tempo elementos de urânio - 235 ou plutónio em quantidade e forma precisa. Estas condições não estão presentes num reactor nuclear.
A reacção também gera radiação nuclear sendo mortal para a vida humana. Por este motivo, o reactor é isolado com uma espessa camada de betão.
A energia calorífica resultante da separação nuclear pose ser usada para aquecer água e produzir electricidade. Assim, a energia nuclear é transformada em energia eléctrica.
A água quente é canalizada para outra secção onde vai aquecer tubos cheios de água de forma a produzir vapor. O vapor dá potência á turbina que ligada ao gerador cria energia eléctrica.
Reator PWR
As usinas Angra I e Angra II são do tipo PWR (a água pressurizada). Veja abaixo uma representação da Usina Angra I.
O vaso de pressão contém a água de refrigeração do núcleo do reator. Essa água circula quente por um gerador de vapor, em circuito fechado, chamado de circuito primário. A outra corrente de água que passa por esse gerador (circuito secundário) se transforma em vapor, acionando a turbina para a geração de eletricidade. Os dois circuitos não têm comunicação entre si.
Estrutura do núcleo
O núcleo do átomo é constituído de partículas de carga positiva, chamadas prótons, e de partículas de mesmo tamanho mas sem carga, denominadas nêutrons. Existem ainda outras partículas bem menores do que os prótons ou os nêutrons, elas são chamadas de subpartículas e são os neutrinos, múons, píons, pósitron, bárion, núcleon, hyperon, méson, hádron, lépton, bóson, férmion, quarks, sendo que cada uma dessas têm outras subdivisões.
Prótons e nêutrons são mantidos juntos no núcleo pr forças, até o momento, não são totalmente identificadas, chamando-as de partículas virtual.
O Átomo
Por muito tempo, pensou-se que o átomo, seria a menor porção da matéria e teria uma estrutura compacta. Atualmente, sabemos que o átomo é constituído por partículas menores (subatômicas), distribuídas numa forma semelhante à do sistema Solar.
Existe um núcleo, onde fica concentrada a massa do átomo, equivalente ao Sol, e minúsculas partículas que giram em seu redor, denominadas elétrons, correspondentes aos planetas (é claro que os elétrons não em órbitas e sim em orbitais- região que delimita a presença mais intensa do elétron no espaço, logo a comparação não é tão correta, mas vale a idéia). Os elétrons são partículas de carga negativa e massa muito pequena.
O átomo possui grandes vazios, onde ocorre a provável presença dos elétrons.
Controle da Reação
Nos reatores nucleares, a reação acontece dentro de varetas que compõem uma estrutura chamada elemento combustível. Dentro do elemento combustível há também barras de controle, geralmente feitas de cádmio, material que absorve nêutrons. Estas barras controlam o processo.
Quando as barras "entram totalmente" no elemento combustível, o reator pára; quando saem, ele é ativado.
Fusão nuclear
Outra forma de energia nuclear é a fusão. A fusão significa juntar pequenos núcleos de forma a constituir um núcleo maior. O sol usa a fusão de átomos de hidrogénio para obter outro composto químico: o hélio. A fusão nuclear liberta luz, calor e radiação. Na figura vêm-se os dois tipos de átomos do hidrogénio: o deutério e o trítio que em combinação formam o hélio e um neutrão extra.
Os cientistas ao longo dos anos tentam controlar a fusão nuclear de forma a produzir energia eléctrica. No entanto, é muito difícil restringi-la num espaço específico.
O melhor da fusão nuclear é que a radiação nuclear não é tão mortal como a libertada na separação nuclear.
Utilização da Energia Nuclear
Servem na utilização de bombas nucleares, pode substituir fontes de energia e também substituir alguns combustíveis.
A utilização da energia nuclear vem crescendo a cada dia. A energia nuclear é uma das alternativas menos poluentes, permite adquirir muita energia em um espaço pequeno e instalações de usinas perto dos centros consumidores, reduzindo o custo de distribuição de energia. A energia nuclear torna-se mais uma opção para atender com eficácia à demanda energética no mundo moderno.
A fissão nuclear do urânio é a principal aplicação civil da energia nuclear. É usada em centenas de centrais nucleares em todo o mundo, principalmente em países como a França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Espanha, China, Rússia, Coréia do Norte, Paquistão Índia, entre outros.
Elementos mais usados como fonte de energia
-Tório
As novas gerações de centrais nucleares utilizam o tório como fonte de combustível adicional para a produção de energia ou decompõe os resíduos nucleares em um novo ciclo denominado fissão assistida. Os defensores da utilização da energia nuclear como fonte energética consideram que estes processos são, atualmente, as únicas alternativas viáveis para suprir a crescente demanda mundial por energia ante a futura escassez dos combustíveis fósseis.
-Urânio
A principal finalidade comercial do urânio é a geração de energia elétrica. Quando transformado em metal, o urânio torna-se mais pesado que o chumbo, pouco menos duro que o aço e se incendeia com muita facilidade.
-Actínio
O Actínio é um metal prateado, altamente radioativo, com radioatividade 150 vezes maior do que o urânio. Usado em geradores termoelétricos.
Energia Nuclear e o Meio Ambiente
Durante a Segunda Guerra Mundial a energia nuclear demonstrou sua potencialidade de causar danos, como ocorreu nas cidades de Hiroshima e Nagasaki.
A energia nuclear traz benefícios para a sociedade, como a utilização das radiações em múltiplas aplicações na medicina, indústria, agropecuária e meio ambiente. Cada um desses usos insere esta energia em um determinado campo de acontecimentos. Assim é que o uso medicinal a insere no ambiente hospitalar e o uso na produção de energia elétrica, no âmbito das relações de moradia e de iluminação pública, por exemplo. Em cada um desses ambientes há uma potencialidade de danos e risco com algumas peculiaridades.
Os problemas ambientais estão relacionados com os acidentes que ocorrem nas usinas e com o destino do chamado lixo atômico - os resíduos que ficam no reator, local onde ocorre a queima do urânio para a fissão do átomo. Por conter elevada quantidade de radiação, o lixo atômico tem que ser armazenado em recipientes metálicos protegidos por caixas de concreto, que posteriormente são lançados ao mar.
Os acidentes são devidos à liberação de material radioativo de dentro do reator, ocasionando a contaminação do meio ambiente, provocando doenças como o câncer e também morte de seres humanos, de animais e de vegetais. Isso não só nas áreas próximas à usina, mas também em áreas distantes, pois ventos e nuvens radioativas carregam parte da radiação para áreas bem longínquas, situadas a centenas de quilômetros de distância.
Algumas vantagens • Utilização das radiações em múltiplas aplicações da medicina, agropecuária, indústria e meio ambiente. • A nucleoeletricidade Desvantagens • O efeito devastador das bombas atômicas • Acidentes nucleares • Destino indevido do lixo atômico
Desastres Nucleares
-Chernobyl:
No dia 26 de abril de 1986, um experimento mal conduzido, aliado a problemas estruturais da usina e outros fatores, causou a explosão do quarto reator de Chernobyl. Cerca de 31 pessoas morreram na explosão e durante o combate ao incêndio. Outras centenas faleceram depois, por causa da exposição aguda à radioatividade, num grau 400 vezes maior que o da bomba de Hiroshima.
-Bomba Nuclear
Uma bomba atômica é uma arma explosiva cuja energia deriva de uma reação nuclear e tem um poder destrutivo imenso uma única bomba é capaz de destruir uma cidade inteira. Bombas atômicas só foram usadas duas vezes em guerra, pelos Estados Unidos contra o Japão nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, elas já foram usadas centenas de vezes em testes nucleares por vários países.
-Usina Nuclear (E.UA)
A usina nuclear de Three Mile Island, na Pensilvânia, corre o risco de derretimento, o mais grave tipo de acidente nuclear. A ameaça provém de uma bolha de vapor existente dentro do reator, que pode aumentar de tamanho à medida que as pressões internas forem relaxadas, deixando o núcleo sem a água vital para seu resfriamento. Nuvens de partículas radioativas já escaparam do reator para a atmosfera, mas os técnicos em radioatividade afirmam que o risco de contaminação ainda é pequeno.
Atualmente
Atualmente, vários países possuem usinas nucleares que produzem energia. Esta energia é considerada limpa, pois não polui o meio ambiente, porém o lixo radioativo deve ser armazenado em locais adequados, seguindo diversas normas rígidas de segurança. O Brasil, por exemplo, possui três usinas nucleares (uma está inativa) na cidade de Angra dos Reis (Rio de Janeiro). O grande problema das usinas nucleares é que devem ser tomadas diversas medidas de segurança, pois em caso de acidente, as conseqüências para o homem e meio ambiente são trágicas e extremas.
A energia nuclear também é utilizada para a fabricação de bombas nucleares. Vários países do mundo possuem esta tecnologia, sendo que Estados Unidos e a Rússia possuem os maiores arsenais nucleares do mundo. O poder de devastação destas bombas é enorme. Além de provocar a morte de grandes quantidades de pessoas e causar grande destruição material, provocam diversos tipos de doenças nos sobreviventes, entre elas o câncer. No final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os Estados Unidos lançaram bombas deste tipo nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, causando grande destruição e milhares de mortes.
Atualmente no Brasil há duas usinas nucleares em funcionamento; Angra I e Angra II, a última apresenta maior potencialidade na produção. Com a construção de Angra III, que deve ficar pronta em 2013, o potencial de produção de energia nuclear brasileiro irá aumentar consideravelmente. Com os problemas de degradação ambiental causados por outras formas de energia, a energia nuclear se torna uma boa solução. Hoje existem 438 unidades em operação: 104 nos EUA, 59 na França, 31 na Rússia, 17 na Alemanha - que vai desativar todas até 2020. Suécia, Espanha, Holanda e Bulgária também já definiram moratórias. Mas a China planeja mais 30, em 15 anos; depois, mais de 100 até 2050. A Índia tem unidades planejadas, assim como a Coréia do Sul, o Egito, a África do Sul e o Vietnã. Finlândia, Argentina, Rússia têm usinas entre as 34 em construção hoje. Japão e França continuam altamente dependentes da energia nuclear. A Grã-Bretanha vai retomar a implantação, mas não concederá subsídios nem o governo assumirá o problema do lixo nuclear.
by Willian Michel Schneider...
4 de dez. de 2008
Calculo diferencial e integral (trabalho de matemática)
Gottfried Wilhelm von Leibniz (Leipzig, 1 de Julho de 1646 — Hanôver, 14 de novembro de 1716) foi um filósofo, cientista, matemático, diplomata e bibliotecário alemão.
Calculo diferencial e integral
O cálculo foi criado como uma ferramenta auxiliar em várias áreas das ciências exatas. Desenvolvido por Isaac Newton e Gottfried Leibniz, em trabalhos independentes, o Cálculo ajuda em vários conceitos e definições desde a matemática, química, física clássica e até a física moderna.. O cálculo tem inicialmente 3 "operações-base", ou seja, possui áreas iniciais como o cálculo de limites, o cálculo de derivadas de funções e a integral de diferenciais. O estudante de cálculo deve ter um conhecimento em certas áreas da matemática, como funções, geometria e trigonometria, pois são à base do cálculo. Com o advento do Teorema Fundamental do Cálculo estabeleceu-se uma conexão entre os dois ramos do cálculo: o Cálculo Diferencial e o Cálculo Integral. O cálculo diferencial surgiu do problema da tangente, enquanto o cálculo integral surgiu de um problema aparentemente não relacionado, o problema da área. O professor de Isaac Newton em Cambridge, Isaac Barrow, descobriu que esses dois problemas estão de fato estritamente relacionados, ao perceber que a derivação e a integração são processos inversos. Foram Leibniz e Newton que exploraram essa relação e a utilizaram para transformar o cálculo em um método matemático sistemático. Particularmente ambos viram que o Teorema Fundamental os capacitou a calcular áreas e integrais muito mais facilmente, sem que fosse necessário calculá-las como limites de soma.
O Cálculo Diferencial e Integral está fundamentado em um conjunto de operações envolvendo quatro operadores: limite, diferencial, derivada, e integral. A análise teórica desses tópicos nos livros texto de Cálculo Diferencial e Integral, encontra-se bem desenvolvida, principalmente do ponto de vista do rigor matemático.
Cálculo diferencial
O cálculo diferencial é o estudo da definição, propriedade e aplicações da derivada ou deslocamento de um gráfico. O processo de encontrar a derivada é chamado "diferenciação". Em linguagem técnica, a derivada é um operador linear, o qual forma uma nova função a partir da função original, em que cada ponto da nova função é o deslocamento da função original. O conceito de derivada é fundamentalmente mais avançado do que os conceitos encontrados em álgebra.
Cálculo Integral
O Cálculo Integral é o estudo das definições, propriedades, e aplicações de dois conceitos relacionados, as integrais indefinidas e as integrais definidas. O processo de encontrar o valor de uma integral é chamado integração. Em linguagem técnica, o calculo integral estuda dois operadores lineares relacionados.
A integral indefinida também pode ser chamada de antiderivada, uma vez que é um processo que inverte a derivada de funções. Já a integral definida, inicialmente definida como Soma de Riemann, estabelece limites de integração, ou seja, é um processo estabelecido entre dois intervalos bem definidos, dai o nome integral definida.
Soma Riemann
No ramo da matemática conhecido como análise real, a integral de Riemann, criada por Bernhard Riemann, foi a primeira definição rigorosa de uma integral de uma função em um intervalo. Enquanto a integral de Riemann é inadequada para muitos propósitos teóricos, ela é uma das definições mais fáceis de integral.
Limites e Infinitesimais
O cálculo é comumente utilizado pela manipulação de quantidades muito pequenas. Historicamente, o primeiro método de utilizá-lo era pelas infinitesimais. Estes objetos podem ser tratados como números que são, de alguma forma, "infinitamente pequenos". Na linha numérica, isso seriam locais onde não é zero, mas possui "zero" de distância de zero. Nenhum número diferente de zero é um infinitesimal, porque sua distância de zero é positiva. Qualquer múltiplo de um infinitesimal continua sendo um infinitesimal. Em outras palavras, infinitesimais não satisfazem a propriedade Archimediana. Deste ponto de vista, o cálculo é uma coleção de técnicas para manipular infinitesimais. Tal pensamento foi ignorado no século XIX porque era muito difícil ter a noção precisa de uma infinitesimal. Entretanto, o conceito foi reutilizado no século XX com a introdução da análise não padronizada, a qual propiciou fundamentos sólidos para a manipulação de infinitesimais.
Aplicações
O cálculo é usado em todos os ramos das ciências físicas, na ciência da computação, estatística, engenharia, economia, medicina e em outras áreas sempre que um problema possa ser modelado matematicamente e uma solução ótima é desejada. A Física faz uso intensivo do cálculo. Todos os conceitos na mecânica clássica são inter-relacionados pelo cálculo. A química também usa o cálculo para determinar as variações na velocidade das reações e no decaimento radioativo. O cálculo pode ser usado em conjunto com outras disciplinas matemáticas. Por exemplo, ele pode ser usado com a álgebra linear para encontrar a reta que melhor representa um conjunto de pontos em um domínio. Na esfera da medicina, o cálculo pode ser usado para encontrar o ângulo ótimo na ramificação dos vasos sanguíneos para maximizar a circulação. Na geometria analítica, o estudo dos gráficos de funções, o cálculo é usado para encontrar pontos máximos e mínimos, a inclinação, concavidade e pontos de inflexão. Na economia o cálculo permite a determinação do lucro máximo fornecendo uma fórmula para calcular facilmente tanto o custo marginal quanto a renda marginal.
Revolução de 1917 (trabalho de História)
Foi uma série de eventos políticos na Rússia, que, após a eliminação da autocracia russa, e depois do Governo Provisório (Duma), resultou no estabelecimento do poder soviético sob o controle do partido bolchevique. O resultado desse processo foi a criação da União Soviética, que durou até 1991.
A primeira fase, conhecida como Revolução de Fevereiro, ocorreu de março a novembro de 1917.Em 23 de Fevereiro, uma série de reuniões e passeatas aconteceram em Petrogrado, por ocasião do Dia Internacional das Mulheres. Nos dias que se seguiram, a agitação continuou a aumentar, recebendo a adesão das tropas encarregadas de manter a ordem pública, que se recusavam a atacar os manifestantes. No dia 27 de Fevereiro, um mar de soldados e trabalhadores com trapos vermelhos em suas roupas invadiu o Palácio Tauride, onde a Duma se reunia. Durante à tarde, formaram-se dois comitês provisórios em salões diferentes do palácio. Um formado por deputados moderados da Duma, se tornaria o Governo Provisório. O outro era o Soviete de Petrogrado, formado por trabalhadores, soldados e militantes socialistas de várias correntes. Temendo uma repetição do Domingo Sangrento, o Grão-Duque Mikhail ordenou que as tropas leais baseadas no Palácio de Inverno não se opusessem à insurreição e se retirassem. Em 2 de Março, cercado por amotinados, Nicolau II assinou sua abdicação. Após a derrubada do czar, instalou-se o Governo Provisório, comandado pelo príncipe Georgy Lvov, um latifundiário, e tendo Aleksandr Kerenski como ministro da guerra. Era um governo de caráter liberal burguês, intensamente interessado em manter a participação russa na Primeira Guerra Mundial. Enquanto isso, o Soviete de Petrogrado reivindicava para si a legitimidade para governar. Já em 1 de Março, o Soviete ordenava ao exército que lhe obedecesse, em vez de obedecer ao Governo Provisório. O Soviete queria dar terra aos camponeses, um exército com disciplina voluntária e oficial eleitos democraticamente, e o fim da guerra, objetivo muito mais popular do que os almejados pelo Governo Provisório. Com ajuda alemã, Lênin regressa à Rússia em Abril, pregando a formação de uma república dos sovietes, bem como a nacionalização dos bancos e da propriedade privada. O seu principal lema era: Todo o poder aos sovietes. Entretanto, o processo de desintegração do Estado russo continuava. A comida era escassa, a inflação bateu a casa dos 1.000 %, as tropas desertavam da fronte matando seus oficiais, propriedades da nobreza latifundiária eram saqueadas e queimadas. Nas cidades, conselhos operários foram criados na maioria das empresas e fábricas. A Rússia ainda continuava na guerra.
Segunda fase, conhecida como revolução de Outubro, teve início em novembro de 1917. Na madrugada do dia 25 de outubro os bolcheviques, liderados por Lênin, Zinoviev e Radek, com a ajuda de elementos anarquistas e Socialistas Revolucionários, cercaram a capital, onde estavam sediados o Governo Provisório e o Soviete de Petrogrado. Muitos foram presos, mas Kerenski conseguiu fugir. À tarde, numa sessão extraordinária, o Soviete de Petrogrado delegou o poder governamental ao Conselho dos Comissários do Povo, dominado pelos bolcheviques. O Comitê Executivo do mesmo Soviete de Petrogrado rejeitou a decisão dessa assembléia e convocou os sovietes e o exército a defender a Revolução contra o golpe bolchevique. Em 3 de Novembro, um esboço do Decreto sobre o Controle Operário foi publicado. Esse documento instituía a autogestão em todas as empresas com 5 ou mais empregados. Isto acelerou a tomada do controle de todas as esferas da economia por parte dos conselhos operários, e provocou um caos generalizado, ao mesmo tempo em que acelerou ainda mais a fuga dos proprietários para o exterior. Mesmo Emma Goldman viria a reconhecer que as empresas que se encontravam em melhor situação eram justamente aquelas em que os antigos proprietários continuavam a exercer funções gerenciais. Entretanto, este decreto levou a classe trabalhadora a apoiar o recém-criado e ainda fraco regime bolchevique, o que possivelmente teria sido o seu principal objetivo. Durante os meses que se seguiram, o governo bolchevique procurou então submeter os vários conselhos operários ao controle estatal, por meio da criação de um Conselho Pan-Russo de Gestão Operária. Os anarquistas se opuseram a isto, mas foram votos vencidos. Era consenso entre todos os partidos políticos russos de que seria necessária a criação de uma assembléia constituinte, e que apenas esta teria autoridade para decidir sobre a forma de governo que surgiria após o fim do absolutismo. As eleições para essa assembléia ocorreram em 12 de Novembro de 1917, como planejado pelo Governo Provisório, e à exceção do Partido Constitucional Democrata, que foi perseguido pelos bolcheviques, todos os outros puderam participar livremente. Os Socialistas Revolucionários receberam duas vezes mais votos do que os bolcheviques, e os partidos restantes receberam muito poucos votos. Em 26 de Dezembro, Lênin publicou suas Teses sobre a assembléia constituinte, onde ele defendia os sovietes como uma forma de democracia superior à assembléia constituinte. Até mesmo os membros do partido bolchevique compreenderam que se preparava o fechamento da assembléia constituinte, e à maioria deles foram contra isto, mas o Comitê Central do partido ordenou-lhes que acatassem a decisão de Lênin. Na manhã de 5 de Janeiro de 1918, uma imensa manifestação pacífica a favor da assembléia constituinte foi dissolvida à bala por tropas leais ao governo bolchevique. A assembléia constituinte, que se reuniu pela primeira vez naquela tarde, foi dissolvida na madrugada do dia seguinte. Pouco a pouco, se tornou claro que os bolcheviques pretendiam criar uma ditadura para si, inclusive contra os partidos socialistas revolucionários. Isto levou os outros partidos a atuarem na ilegalidade, sendo que alguns deles passariam à resistência armada ao governo.
Durante o curto período em que os territórios cedidos no Tratado de Brest-Litovski estiveram em poder do exército alemão, as várias forças anti-bolcheviques puderam organizar-se e armar-se. Estas forças dividiam-se em três grupos que também lutavam entre si: 1) czaristas , 2) liberais, eseritas e metade dos socialistas e 3) anarquistas. Com a derrota da Alemanha em 1919, esses territórios tornaram-se novamente alvo de disputa. Ao mesmo tempo, Trotsky se ocupou em organizar o novo Exército Vermelho. Com a ajuda deste, os bolcheviques mostraram-se preparados para resistir aos ataques do também recém formado Exército polonês, dos Exércitos Brancos, e também para suprimir o Exército Insurgente e a Revolta de Kronstadt, ambos de forte inspiração anarquista. No início de 1921, encerrava-se a guerra civil, com a vitória do Exército Vermelho. O Partido Bolchevique, que desde 1918 havia alterado sua denominação para Partido Comunista, consolidava a sua posição no governo.
Terminada a guerra civil, a Rússia estava completamente arrasada, com graves problemas para recuperar sua produção agrícola e industrial. Visando promover a reconstrução do país, Lênin criou, em fevereiro de 1921, a Comissão Estatal de Planificação Econômica ou GOSPLAN, encarregada da coordenação geral da economia do país. Pouco tempo depois, em março de 1921, adaptou-se um conjunto de medidas conhecidas como Nova Política Econômica ou NEP. Entre as medidas tomadas pela NEP destacam-se: liberdade de comércio interno, liberdade de salário aos trabalhadores, autorização para o funcionamento de empresas particulares e permissão de entrada de capital estrangeiro para a reconstrução do país. O Estado russo continuou, no entanto, exercendo controle sobre setores considerados vitais para a economia: o comércio exterior, o sistema bancário e as grandes indústrias de base.
Algarismos Arábicos (trabalho de Matemática)
História
O pai de fibonacci dirigia um escritório comercial no norte da África e o jovem Leonardo muitas vezes viajou com ele; lá, dos árabes, ele conheceu o sistema de numeração hindu. Fibonacci convenceu-se da superioridade dos algarismos árabes em comparação aos algarismos romanos, que eram utilizados pelos europeus à época. Para compreender esta superioridade basta tentar efetuar a divisão de 4068 por 12, ou a multiplicação destes mesmos números com a numeração romana.
Viajou através dos países mediterrâneos para estudar junto a conhecidos matemáticos árabes de seu tempo. Em 1202, com 32 anos de idade, publicou Líber Abaci, Livro do Ábaco, que chegou a nos graças a sua segunda edição de 1228 .Este livro contém uma grande quantidade de assuntos relacionados com a Aritmética e Álgebra da época e realizou um papel importante no desenvolvimento matemático na Europa nos séculos seguintes, pois por este livro que os europeus vieram a conhecer os algarismos hindus, também denominados arábicos. A teoria contida no livro Líber Abacci é ilustrada com muitos problemas que representam uma grande parte do livro.
Algarismos Arábicos
Os algarismos arábicos foram trazidos da Índia para o Ocidente e por isto também são chamados indo-arábicos. Foram criados por Abu Abdullah Muhammad Ibn Musa al-Khwarizmi (778 (?) - 846).
Al-Khwarizmi nasceu na região central da Ásia, onde hoje está localizado o Uzbequistão. Posteriormente emigrou para Bagdá, onde trabalhou na “Casa da Sabedoria” como matemático durante a era áurea da ciência islâmica.
Os algarismos indo-arábicos são as formas de simbolismo mais comumente usadas para representar os números. Porém duas questões ainda permanecem entre alguns matemáticos:
Será que todos os números indo-arábicos que usamos atualmente seriam na realidade ideogramas numéricos?
Teriam sido estes símbolos idealizados de uma maneira lógica?
Também chamados algarismos indo-arábicos, são os símbolos mais usados para representar os números. Qualquer número pode ser representado por algarismos arábicos, utilizando-se dez símbolos básicos, sozinhos ou em combinação.
O sistema de numeração arábico consiste dos símbolos abaixo:
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 0
que são derivados da versão ainda hoje usada no mundo muçulmano:
٩, ٨, ٧, ٦, ٥, ٤, ٣, ٢, ١, e ٠
Teoria sobre a paleografia dos algarismos arábicos: 1, 2, 3 e 4.
Teoricamente pode-se supor que cada algarismo continha originalmente exatamente a quantidade de ângulos cujo número se desejava representar
Os números arábicos um, dois, três e quatro foram baseados em traços que formam ângulos.
O número um tem um ângulo, O número dois tem dois ângulos aditivos, O número três tem três ângulos aditivos, O número quatro tem quatro ângulos aditivos.
Teoria sobre a paleografia dos algarismos arábicos: 5, 6, 7, 8, 9 e 0.
Teoricamente, os números: “5“ (cinco/quinto), “6“ (seis/sexto), “7“ (sete/sétimo), “8“ (oito/oitavo), “9“ (nove/nono), e “0“ (dez/décimo) foram definidos usando os conhecimentos sobre as representações manuscritas do ábaco.
Teoria sobre a paleografia do "zero": definindo um símbolo para o zero.
O "zero" foi introduzido posteriormente e a sua correta notação foi de extrema importância histórica, pois a cadência decimal usada pelos números indo-arábicos impunha a sua representação gráfica. Esta representação teria sido historicamente demorada por corresponder à casa vazia do ábaco. Também o fato de o símbolo do zero ser um círculo, e este não apresentar ângulo algum, é um indicativo de que a origem deste algarismo seguiu o mesmo principio da origem dos outros algarismos arábicos.
Difusão européia e internacional dos algarismos indo-arábicos.Foram introduzidos na Europa por Fibonacci, matemático e mercador italiano, que escreveu no seu livro Líber abaci os conhecimentos que adquiriu no Oriente. Os algarismos indo-arábicos não foram adotados em Portugal nem na península ibérica de imediato. Hoje é usada uma versão pouco modificada destes algarismos na maioria dos países do mundo.
3 de dez. de 2008
anatomia e fisionomia dos animais (Trabalho de Biologia)
Reprodução assexuada não envolve trocas de gametas entre os indivíduos e os organismos formados são geneticamente idênticos ao organismo que os gerou. Caso ocorra uma mutação no DNA, estes organismos apresentarão diferenças em relação ao progenitor. Existem vários tipos de reprodução assexuada: divisão binária, brotamento, regeneração e esporulação.
Divisão binária, bipartição ou cissiparidade·.
Este tipo de reprodução é o processo em que uma célula se divide em duas, por mitose, e origina duas células geneticamente idênticas. Encontramos este tipo de reprodução em bactérias e protozoários.
Brotamento ou gemiparidade
Neste tipo de reprodução um broto se desenvolve no indivíduo e após um tempo se desprende, passando a ter uma vida independente. Podemos citar como exemplos de organismos que se reproduzem por brotamento os fungos, as hidras, as esponjas e até certas plantas.
Regeneração
Alguns organismos possuem uma capacidade de regeneração muito grande. Quando algum fragmento é retirado, ao encontrar condições ideais de sobrevivência, pode se regenerar e dar origem a um novo indivíduo. Isto pode acontecer nas planárias, esponjas e algumas plantas.Algumas partes de certas plantas, ao serem destacadas e implantadas no solo, ou imersas em água, desenvolvem raízes e dão origem a novas plantas. Esta prática e chamada de estaquia e é muito utilizada em jardinagem.
Esporulação
A esporulação é o processo de reprodução onde os organismos produzem esporos que são liberados no ambiente e quando encontram condições favoráveis, germinam. Encontramos este tipo de reprodução em fungos e algas.
Reprodução sexuada
É o processo que envolve fusão de gametas de organismos de uma mesma espécie, originando um ou mais organismos geneticamente diferente dos progenitores.
Esta diferença ocorre porque no processo de formação dos gametas ocorre a meiose, e nela ocorre a recombinação gênica. Quando dos gametas se unem, somam suas características e dão origem a um novo indivíduo. Este processo aumenta a variabilidade genética entre os organismos, possibilitando assim uma diversidade maior entre eles e propiciando sempre organismos capazes de se adaptar ao meio onde vivem.
As trocas de gametas podem ocorrer entre organismos diferentes da mesma espécie ou até mesmo entre um mesmo indivíduo.
Algumas espécies apresentam indivíduos do sexo masculino e outros do sexo feminino. Estas espécies são chamadas de dióicas porque os sexos são separados. A fecundação entre eles pode ser interna ou externa. A fecundação interna ocorre dentro do organismo feminino, que é o produtor de óvulos. A fecundação externa ocorre no ambiente. Humanos são dióicos e possuem fecundação interna.
Espécies que apresentam os dois sexos em um mesmo organismo são chamadas de hermafroditas ou monóicas. Elas produzem tanto gametas masculinos quanto femininos. Podem fazer autofecundação, ou seja, o espermatozóide fecunda o óvulo da mesma planta, porém este processo não favorece a variabilidade genética. Alguns organismos possuem mecanismos que barram a autofecundação como a maturação dos órgãos sexuais em épocas diferentes, ou estruturas que dificultam o acesso dos gametas masculinos até os femininos, como em certas plantas. As minhocas são hermafroditas. O processo onde os gametas masculinos produzidos por um organismo hermafrodita fecundam o óvulo de outro organismo hermafrodita da mesma espécie é chamado de fecundação cruzada.
Partenogênese
Um caso particular de reprodução sexuada é a partenogênese, pois mesmo que não haja fecundação, envolve a participação do gameta feminino. A partenogênese é o desenvolvimento do óvulo em um novo indivíduo sem a ocorrência de fecundação.
Fecundação externa
A maioria dos ouriços-do-mar vive fixa nas rochas do mar. Em determinadas épocas do ano, os machos lançam seus espermatozóides na água. Ao mesmo tempo, as fêmeas lançam os seus óvulos. O encontro desses gametas ocorre na água e, portanto, fora dos organismos produtores de gametas.
Fecundação interna
Em outros animais, como os pássaros, o macho lança os espermatozóide dentro do corpo da fêmea. O encontro dos gametas ocorre no interior do corpo de um organismo produtor de gametas.
Existem os animais hermafroditas. Eles são, ao mesmo tempo, macho e fêmea. Um mesmo organismo produz tanto espermatozóides quanto óvulos, como acontece na minhoca.
Desenvolvimento indireto: os animais que nascem diferem significativamente da forma adulta, assim os indivíduos passam pela metamorfose.
Desenvolvimento direto: os animais já nascem com a forma definitiva, pois são muito semelhantes aos adultos, como por exemplo o ser humano.
O sistema reprodutor masculino é formado por: Testículos ou gônadas; Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra; Pênis; Escroto; Glândulas anexas: próstata; vesículas seminais, glândulas bulbouretrais;
Testículos: são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os ductos seminíferos Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig (nomenclatura antiga) produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos.
Epidídimos: são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides são armazenados.
Canais deferentes: são dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais.
Vesículas seminais: responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição do sêmen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides e é constituídas principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não protéico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado como integrante do complexo vitamínico B) e prostaglandinas (hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo. Algumas prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na dismenorréia – cólica menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo vasodilatação em artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaléias – dores de cabeça – da enxaqueca. São formados a partir de ácidos graxos insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por analgésicos e antiinflamatória).
Próstata: glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secretas substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozóides.
Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper: sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual.
Pênis: é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjosos, com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho (ereção). O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose.
A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre na bexiga. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo.
Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto: Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal.
sistema reprodutor feminino
é constituído por dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora.
Ovários: são as gônadas femininas. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos.No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os ovócitos primários - encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos. A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gaemta feminino): fenômeno conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno. Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário.
Útero: órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto, de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida. É revestido internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio.
vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante. A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais. A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na relação sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê.
Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio: são dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formados por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero.
Sistema Respiratório.
O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões.
Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras chamada cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traquéia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar.
Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe.
Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe. A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de “lingüeta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias. O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar.
Traquéia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas.
Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória. Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos pulmonares.
Diafragma: A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que separa o tórax do abdômen, presente apenas em mamíferos, promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma.
Sistema respiratório em vertebrados (peixes).
As brânquias são os órgãos respiratórios típicos do meio aquático, formadas por evaginações da parede do corpo e apresentando grande área de trocas. A sua estrutura filamentosa apenas poderia funcionar em meio aquático, que lhes fornece sustentação.
Estas estruturas podem localizar-se no exterior ou no interior do corpo, sendo as últimas as preferidas pela evolução, já que brânquias externas não só dificultam a locomoção, como facilita os danos a uma zona de epitélio sensível e delicado.
As brânquias internas estão alojadas em cavidades branquiais individuais abrindo para o exterior pelas fendas branquiais (peixes cartilagíneos) ou câmaras branquiais protegidas por opérculo e abrindo para o exterior pela fenda opercular (peixes ósseos).
Este fato não só aumenta a proteção como facilita a ventilação: a água é bombeada para a boca por ação de poderosos músculos, passa pela faringe e banha as brânquias, saindo pelas fendas branquiais ou operculares, pelo que a ventilação é contínua.
Cada brânquia é formada por um arco branquial cartilagíneo ou ósseo, que sustenta os filamentos branquiais, nele inseridos diagonalmente e contendo cada um duas arteríolas (aferente com sangue venoso e eferente com sangue arterial), separadas por uma fina rede de capilares.
Sistema respiratório em invertebrados.
Filo Porífera, Cnidária, Platyelminthes e Nematoda – esses grupos não possuem sistema respiratório. As trocas gasosas ocorrem diretamente entre as células que constituem toda a estrutura corpórea e o ambiente, justificado pelo baixo grau de complexidade e diferenciação dos tecidos ou quanto à dimensão dos organismos.
Filo Annelida – nos anelídeos, o processo respiratório apesar de bem simples, ocorre pela superfície corporal (cutânea) internamente irrigada por sangue. Em algumas espécies de anelídeos marinhos, a respiração é branquial.
Filo Mollusca – nos moluscos aquáticos a função respiratória ocorre através de brânquias, formando filamentos vascularizados, chamadas ctenídeos. Enquanto nas espécies terrestres existem sobreposições do tegumento contidas na cavidade palial, assemelhando-se a pulmões primitivos.
Filo Arthropoda – na maioria dos insetos a respiração é traqueal; nos aracnídeos além da traqueal também é observado a filotraqueal; e nos crustáceos o sistema é exclusivamente branquial.
Filo Echinodermata – reúnem animais com sistema respiratório ausente ou bem reduzido, ocorrendo por meio de brânquias que associadas ao sistema hidrovascular, facilitando essa função.
Sistema Nervoso.
Nos vertebrados, o sistema nervoso é comandado por duas regiões contínuas situadas dorsalmente na porção mediana do corpo: o encéfalo, protegido pelo crânio e a medula espinhal, protegida pela coluna vertebral. Destas regiões partem nervos que possuem gânglios nervosos e se ramificam até a periferia do corpo.
Sob um critério anatômico, baseado na posição relativa dos órgãos do corpo, chamamos de Sistema Nervoso Central (SNC) a parte formada por encéfalo e medula espinhal. E de Sistema Nervoso Periférico (SNP) a parte formada por nervos de gânglios nervosos.
O SNC recebe na forma de impulsos nervosos os estímulos do meio externo, trazidos pelos nervos que estão em contato com as estruturas sensoriais que se espalham perifericamente pelo corpo. Então, processa tais informações e elabora respostas que são enviadas – também na forma de impulsos – pelo SNP aos órgãos efetores – aqueles que executam as respostas como, por exemplo, os músculos. Assim, podemos comparar o SNC à CPU de um computador e o SNP aos seus periféricos (mouse, teclado, monitor, impressora etc.).
O encéfalo é formado por três partes: cérebro, cerebelo e bulbo.
O cérebro é responsável por nossas atividades intelectuais, memória, controle de certas funções motoras, sensações (fome, frio, sede etc.) e, em humanos, consciência e emoções. Sua camada superficial, o córtex cerebral, é formada pela substância cinzenta, constituída predominantemente por neurônios com axônios sem mielina (fibras amielínicas) e células da glia. Em seu interior encontra-se a substância cinzenta, na qual há neurônios com axônios cobertos pela bainha de mielina (fibras mielínicas) e células da glia.
Comunicado com o cérebro através da região denominado ponte, o cerebelo controla o equilíbrio e o tônus muscular, realizando uma espécie de “ajuste fino” na coordenação dos movimentos. Assim, animais que apresentam padrões de movimentação mais complexos, como os peixes ao nadarem ou as aves ao voarem, têm o cerebelo bastante desenvolvido. Já os anfíbios, que vivem prostrados ao chão e se locomovem aos saltos simples têm o cerebelo pouco desenvolvido. A doença humana chamada de Mal de Parkinson, resulta da degeneração das células do cerebelo, resultando em dificuldades na realização de certas tarefas como a de caminhar em linha reta ou manipular objetos.
O bulbo está na região entre o encéfalo e a medula espinhal. Atua no controle de atividades involuntárias e vitais como velocidade dos batimentos cardíacos, o ritmo respiratório, a pressão sanguínea, os movimentos de deglutição e regurgitação, os espirros, as tosses e a salivação.
A medula espinhal controla os atos reflexos. Dela emergem vários nervos cujos axônios são provenientes de corpos celulares locais, do encéfalo ou de gânglios nervosos. Assim, pode ser entendida como conexão nervosa entre os membros do tronco e o encéfalo. Também é formada pelas substâncias cinzenta e branca que têm posições invertidas em relação ao cérebro. Assim, a substância cinzenta da medula espinhal situa-se internamente e possui forma de “H”. O SNP é formado pelos nervos e gânglios nervosos. Os nervos são feixes de dendritos e axônios (fibras nervosas) revestidos por tecido conjuntivo. Poderiam ser comparados funcionalmente aos cabos elétricos, sendo que as fibras nervosas fariam o papel dos fios de metal e o tecido conjuntivo atuaria como material isolante ao invés de borracha ou plástico. Eles conduzem impulsos nervosos da periferia do corpo ao SNC e vice-versa. Dependendo do ponto de inserção no SNC.
Sistema nervoso em invertebrados.
Na escala evolutiva animal, o grupo acreditado como o primeiro a possuir um sistema nervoso é o filo dos Cnidários (corais, anêmonas, hidras e medusas). Os Poríferos (esponjas) - mais primitivos - não possuem sistema nervoso. Nos Cnidários, há uma rede desordenada de neurônios. E, se um pulso nervoso é desencadeado em um deles, é transmitido a todas as células que com ele se comunicam através de sinapses, e destas a outras, resultando em respostas pouco elaboradas - como os movimentos de “pulsação” em uma água viva quando está nadando. Trata-se do mais primitivo tipo de sistema nervoso, denominado Sistema Nervoso Difuso.
Nos invertebrados de simetria bilateral (Platelmintos, Nematelmintos, Anelídeos, Moluscos e Artrópodes) o sistema nervoso se situa na região ventral do corpo e organiza-se sob a forma de um ou mais cordões nervosos longitudinais apresentando dois ou mais gânglios nervosos, quer funcionam como centrais de comando ao longo de sua extensão. Nos possuidores de muitos gânglios nervosos, os da região anterior – gânglios cerebróides - são mais desenvolvidos e funcionam como um cérebro rudimentar que controla os demais gânglios. Este tipo de organização nervosa é chamada de Sistema Nervoso Ganglionar.
Nos Equinodermos, que possuem simetria radial como os Cnidários, o sistema nervoso organiza-se na forma de um anel nervoso central do qual se ramificam cordões nervosos radiais.
Nos invertebrados, a partir de gânglios e cordões nervosos emanam nervos que os comunicam com as diversas partes do corpo.
Sistema Excretor.
É a função através da qual os organismos se libertam dos produtos resultantes do metabolismo, sobretudo os produtos azotados, muitos dos quais tóxicos.
Os principais resíduos do metabolismo das células são: água, dióxido de carbono e substâncias azotadas: amônia, ácido úrico e uréia.
O dióxido de carbono e alguma água são excretadas pelas superfícies respiratórias. O sistema excretor gere as quantidades de água e outras substâncias ao mesmo tempo em que eliminam os produtos azotados.
O sistema excretor contribui para excretar resíduos metabólicos e regula a concentração da maioria dos componentes dos fluidos corporais. Em qualquer sistema excretor existem três processos fundamentais: filtração, reabsorção e secreção.
Os animais terrestres devem consumir água, não podendo eliminar continuamente a amônia, mas, por outro lado, devido á elevada toxicidade deste produto, não a podem acumular. Por isso: répteis aves e insetos transformam a amónia em ácido úrico, composto menos tóxico, no fígado e menos solúvel.
Nos mamíferos e alguns anfíbios a partir da amónia e no fígado, produz-se uréia que mais tarde é renovada pelos rins e entra na constituição da urina.
Excreção nos invertebrados
Platelmintes: Estes animais possuem sistema excretor sob a forma de nefrídeos (tubos simples abertos para o exterior por poros excretores). Dada a simplicidade destes tubos são igualmente designados protonefrídeos e geralmente distribuem-se por todo o corpo, embora nalgumas espécies possam existir apenas um ou dois pares.
Cada túbulo termina em fundo de saco alargado com uma célula-flama terminal especializada em recolher dos fluidos corporais os resíduos, geralmente sob a forma de amónia. A designação de célula-flama deriva da presença de um ou mais cílios, cujo batimento permanente faz lembrar uma chama e cria um ligeiro vácuo na extremidade fechada do protonefídeo. As moléculas de pequenas dimensões dos fluidos corporais atravessam as membranas permeáveis da extremidade do tubo, sendo as maiores retidas.
Estes resíduos são, depois, empurrados pelos tubos para o exterior pelo batimento dos cílios, saindo pelo nefridióporo na parede do corpo do animal. No entanto, ainda parte dos resíduos é lançada para a cavidade gastrovascular.
Artrópodes: Nos insetos e outros artrópodes terrestres com sistema circulatório aberto, a excreção é feita por túbulos de Malpighi. Estas estruturas localizam-se na parte posterior do corpo ligada ao tubo digestivo na zona de transição entre o intestino médio e posterior, podendo existir apenas um par ou algumas centenas. A extremidade livre do tubo é fechada e está mergulhada no hemocélio, ocorrendo à filtração através da sua parede. As células da parede do tubo transportam ativamente ácido úrico, iões potássio e sódio, entre outros, da hemolinfa para o seu interior. Devido ao aumento de pressão osmótica dentro do tubo, a água é também recolhida. Filtrado é, depois, conduzido ao reto com a ajuda das paredes musculosas dos tubos, onde são reabsorvidas partes dos sais e, novamente devido ao gradiente osmótico criado, a água. O ácido úrico restante precipita devido à diferença de pH que ocorre ao longo do tubo (é cada vez mais básico, à medida que se aproxima do reto), sendo eliminado com as fezes, numa pasta semi-seca, muito eficiente do ponto de vista de regulação hídrica em meio seco.
Excreção Humana
É responsável pela manutenção do meio interno, regulação do teor de água e sais minerais e eliminação de resíduos nitrogenados formados durante o metabolismo celular. No ser humano podemos considerar como sistemas excretores o sistema urinário (onde é produzida a urina) e a pele (que produz suor através das glândulas sudoríparas).
- Amônia: Excretada por animais aquáticos, muito solúveis em água e muito tóxicos, por isso deve ser diluída em alto volume de água. Chamados de amoniotélicos.
- Uréia: Excretada por animais terrestres não ovíparos (anfíbios e mamíferos), menos tóxicos que a amônia. O que representa uma economia hídrica. Chamados de ureotélicos.
- Ácido úrico: O menos tóxico dos três, e também o menos solúvel em água. Excretado por insetos e vertebrados ovíparos terrestres (maioria dos répteis e aves). Chamados de uricotélicos.
Sistema digestivo.
O sistema digestório humano é formado por um longo tubo musculoso, ao qual estão associados órgãos e glândulas que participam da digestão. Apresenta as seguintes regiões; boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus.
Boca: A abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo é a boca. Aí encontram-se os dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão, por meio da mastigação. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas.
Faringe: Situada no final da cavidade bucal, é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório: por ela passam o alimento, que se dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à laringe.
Esôfago: Canal que liga a faringe ao estômago, localiza-se entre os pulmões, atrás do coração, e atravessa o músculo diafragma, que separa o tórax do abdômen. O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorre-lo.
Estômago: É uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo do abdome, logo abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. Sua função principal é a digestão de alimentos protéicos. Um músculo circular, que existe na parte inferior, permite ao estômago guardar quase um litro e meio de comida, possibilitando que não se tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo. Quando está vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos agudos.
Intestino Delgado: intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm). A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro, esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no intestino.
Intestino Grosso: É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto à das secreções digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus.
Ânus: Local por onde é eliminado o resto alimentar que ganham o nome de fezes.
Modificação dos alimentos e acontecimentos durante o caminho digestivo.
A digestão é a transformação dos alimentos por nós ingeridos em elementos mais simples, chamados nutrientes. Esses nutrientes são absorvidos pelo organismo, passam através da parede do nosso intestino e são transportados pelo sangue até as células. Esses nutrientes são divididos em três categorias: os carboidratos, os lipídios e as proteínas.
A digestão se dá de duas formas:
Pode ser feita através da trituração dos alimentos (por exemplo, a mastigação): digestão mecânica. No entanto, os alimentos são degradados, sobretudo, por substâncias produzidas pelo nosso corpo (saliva, secreção do intestino,...): digestão química. As duas formas de digestão são complementares e ocorrem, freqüentemente, ao mesmo tempo.
Para os carboidratos, a digestão se dá pela transformação progressiva dos hidratos de carbono complexos, como o amido, em moléculas menores, a glicose. A glicose é a etapa final da digestão de todos os carboidratos. Ela será depois transportada pelo sangue em direção às células. A quantidade de glicose no sangue é medida pela Glicemia.
A digestão dos hidratos de carbono tem início na boca, graças à ação da saliva elaborada pelas glândulas salivares. A primeira enzima a agir sobre os carboidratos é a amilase salivar ou ptialina, que atua sobre o amido e a dextrina, transformando-os em maltose. Como os alimentos permanecem durante pouco tempo na boca, a digestão aí é reduzida. No estômago, o bolo alimentar ainda impregnado de saliva, sofre a ação da ptialina, com o desdobramento de alguma parte de amido. Entretanto, com a acidificação do meio pelo ácido clorídrico do suco gástrico, a amilase salivar é rapidamente inativada inibindo a hidrólise do amido.
Quando o bolo alimentar chega ao duodeno, sofre a ação do suco intestinal, que é uma mistura do suco pancreático e do suco entérico, elaborado pelas células do intestino delgado. Uma amilase de origem pancreática continua o desdobramento do amido que escapou da digestão bucal e gástrica. No intestino delgado, há três enzimas elaboradas pelo suco entérico: a maltase, a sacarase ou invertase, e a lactose, os quais continuam as digestões dos carboidratos. A maltase desdobra a maltose em duas moléculas de glicose; a sacarase transforma a sacarose (a qual atravessa a boca e o estômago sem sofrer ação digestiva) em uma molécula de glicose e outra de frutose; quando há ingestão de lactose, a qual não sofre digestão bucal nem gástrica, a lactose a transforma em uma molécula de glicose e outra de galactose. Sob a forma desses monossacarídeos é que os carboidratos são absorvidos.
Os monossacarídeos, depois de absorvidos pelo intestino, passam através da veia para o fígado. A absorção intestinal eleva a glicemia. A maior parte da glicose vai diretamente do fígado para o sangue, e a frutose e a galactose são convertidas em glicogênio e depois, se necessário, o glicogênio se converterá em glicose. Esta será distribuída pelo sangue aos tecidos, reduzindo a glicemia ao nível habitual. A glicose é a forma sob a qual os carboidratos se encontram normalmente no sangue. O glicogênio é a forma sob a qual eles são armazenados. Sempre que é necessário, o fígado transforma o glicogênio em glicose para manter o nível do sangue.
Os músculos, pelo seu volume e atividade, são o local de conversão da energia potencial dos alimentos em energia térmica e mecânica. Constituem a maior reserva do organismo em glicogênio, embora, em porcentagem, o fígado seja o mais rico.
Nem todos os açúcares ingeridos são digeridos.
Os açúcares digeríveis são diretamente absorvidos pelo intestino delgado e podem ser utilizados imediatamente como fonte de energia para o organismo. Senão, eles são transformados e estocados no fígado sob a forma de glicogênio, a fim de que possam servir de reserva de energia.
Esses açúcares são, por exemplo, a frutose presente na fruta e no mel, a lactose presente no leite, a sacarose (o açúcar) ou o amido.
Os açúcares não digeríveis atingem o cólon (intestino grosso) e são utilizados pelas bactérias da flora intestinal. Durante aproximadamente 10 horas eles são fermentados, produzindo gases e nutrientes que podem tanto ser absorvidos pelo nosso organismo quanto ser eliminado.
Todas as sobras de alimentos que ingerimos ou são liberadas através das fezes ou urina.
Digestão em outro vertebrado (ruminantes)
Muitos dos mamíferos são herbívoros, dependem assim de alimentos essenciais para a digestão da celulose. Muitos animais ruminantes dependem também de microorganismos simbiônticos para a digestão da celulose.
Os ruminantes incluem alguns dos mais importantes animais domésticos produtores de carne e leite (gado, ovelha e cabras), que possuem tratos digestivos especializados para a digestão da celulose.
O estômago de um ruminante consiste de diversos compartimentos, ou seja, o verdadeiro (estômago digestivo) é chamado de abomaso, é precedido por diversos compartimentos grandes, o maior deles é chamado de rúmen, funciona como um grande tanque de fermentação onde o alimento que foi misturado com saliva, sofre uma fermentação intensa, encontrando nesse compartimento grande número de bactérias e protozoários causando a degradação da celulose e a torna disponível a digestão complementar. Os produtos da fermentação (na maior parte ácidos acéticos, propiônicos e butírico) são absorvidos e utilizados, o dióxido de carbono e o metano formados no processo de fermentação, onde são liberados pela eructação.
A ruminação, ou mastigação do bolo alimentar, consiste na regurgitação e remastigarão de substâncias fibrosas indigestivas, consequentemente engolidas novamente assim se da o nome para seu grupo, alimento reentra no rúmen, ele sofre uma outra fermentação. As partículas que foram decompostas passam para outras partes do estômago, onde são sujeitas aos sucos digestivos usuais no abomaso. Os produtos fermentados no rúmen são a principal fonte de energia.
A saliva de um ruminante nada mais é que uma solução diluída de bicarbonato de sódio, que serve como um tampão e como um meio de fermentação adequado para os microorganismos. A quantidade se saliva que uma ruminante secreta diariamente é estimado em 6 a 16 litros em ovelhas e cabras e de 100 litros a 190 litros no gado.
Sistema Circulatório.
As células de todos os seres vivos necessitam de alimento e também de oxigênio. No caso do ser humano, seu corpo apresenta órgãos especiais que possuem a função de digerir os alimentos a fim de absorverem o oxigênio do ar (digestão e respiração), contudo, é necessário que esse alimento seja levado para todas as células. Para isso, existe o sistema circulatório, que leva o alimento e o oxigênio para todas as partes do corpo.
O sangue é vital para a vida das células, pois, além levar alimento e oxigênio para elas, ele também retira delas as sobras das substâncias que já não lhe são úteis. Seu percurso por todo o corpo ocorre através das veias e artérias, que se subdividem até formar vasos extremamente finos, atingindo, desta forma, todas as células.
O papel do sangue é extremamente importante, pois ele retira os nutrientes dos órgãos de digestão e o oxigênio do pulmão para levar estas substâncias para as células, para tanto, ele é impulsionado pelo coração e, assim, faz seu percurso pelas artérias (veias que saem do coração), em sua forma boa e limpa.
Durante sua trajetória pelo corpo, o sangue é filtrado pelos rins, deixando neste órgão muitos dos detritos das células. Ao regressar, ele carrega gás carbônico que absorveu das células, uma vez que, em seu lugar, deixou o oxigênio.
Após este processo, o sangue retorna ao coração, através das veias, que o transportam em sua forma ruim e sem oxigênio. Para melhorar a qualidade sanguínea, o coração envia o sangue aos pulmões, para que, desta forma, o gás carbônico seja trocado pelo oxigênio, e, em seguida, o impulsiona de volta ao corpo.
O sistema composto pelas artérias e veias que levam o sangue aos pulmões e em seguida ao coração, é chamado de pequena circulação. Já no caso do sangue que parte do coração pelas artérias, seguindo em direção ao resto do corpo e retornando pelas veias, recebe o nome de grande circulação.
Sistema circulatório em um réptil.
O coração possui duas aurículas, separadas completamente, com exceção das serpentes. O ventrículo salva nos crocodilos, é dividido por um tabique incompleto em uma parte direita e uma esquerda, que é a mais importante.
Isto significa que o sangue oxigenado, vindo dos pulmões para o lado esquerdo do coração, é essencialmente separado do sangue não oxigenado, que retorna do corpo para o lado direito. Embora a separação dos dois tipos sanguíneos dentro do coração seja completa nos crocodilianos e quase completa em outros répteis, ocorre alguma mistura em outras partes do sistema circulatório.
Da parte direita sai o grupo das artérias pulmonares, e da esquerda, um par de arcos aórticos. Há, além disso, um pequeno seio venoso.
Os glóbulos vermelhos são nucleados e elípticos.
O sangue passa ao seio venoso e daí a aurícula direita, de onde vai ao ventrículo direito. Pelas artérias pulmonares chega ao pulmão, onde se purifica.